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R E L I G I Ã O
26 de março de 2006

SURF – PARTE IX, O DESCANSO    

            René Descartes criou a máxima filosófica: “Penso, logo existo”. Vislumbrando a cultura “parafina” dos adeptos às pranchas de surf, conforme discorrido nos sete textos anteriores da série “Surf” - , pode-se inferir outra: Se os jovens “surfam”, logo DEUS existe!

            O homem, mesmo caído, carrega resquício do DNA do ALTÍSSIMO e, de algumas das coisas que o ESPÍRITO SANTO DE DEUS fazia. Antes da criação do mundo, do homem, das pranchas, do Hawaii, do surf, o ESPÍRITO DE DEUS já pairava sobre a superfície das águas. E JESUS, filho de DEUS, cheio do ESPÍRITO SANTO DE DEUS, para não deixar nenhuma dúvida do propósito de DEUS, andou por sobre as águas para demonstrar que não foi nenhuma coincidência o que o ESPÍRITO DE DEUS havia feito no princípio da criação.

            Profeticamente, cada dia da criação revela desígnios de DEUS que vão além a narração da criação física do mundo e, conforme exposto, isso deflui da essência atemporal de DEUS. Passado, presente e futuro são a mesma coisa para o ALTÍSSIMO; o mesmo se dirá das Escrituras Sagradas.

            Nesse prisma, talvez o sétimo dia seja o mais surpreendente de todos os da criação. Senão o mais surpreendente, o mais desejado pelas nações. Eis o sétimo dia – Gênesis, capítulo 1, versículos 1 a 3:

Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.

            Na Bíblia o número sete simboliza perfeição de DEUS. No sétimo dia DEUS santificou e descansou pela finalização de uma obra perfeita, mais perfeita do que se possa inferir de uma primeira leitura, como se verá. O sétimo refere-se também ao descanso. Curiosamente seqüências musicais tocadas em sétima causam sensação de sono nos ouvintes. Pelo texto acima, descanso e perfeição são irmãos siameses.    

            O homem quando executa bem uma obra, quando dá o melhor de si, usufrui sensação de paz que emerge das profundezas do seu inconsciente, o qual lhe aplaude no palco da sua existência mental. Isso também é resquício da natureza de DEUS no DNA do homem, quando descasou em paz após término de uma obra perfeita.

            Descanso, paz e obra perfeita são componentes espirituais do sétimo dia. De início, o descanso deflui do sentimento de paz. Em Isaías, capítulo 9, versículos 6 e 7, o profeta Isaías assenta que “PRINCÍPE DA PAZ” é um dos nomes proféticos do MESSIAS que é JESUS:

Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz, para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.   

            Interessante, esse texto referia-se ao futuro nascimento do MESSIAS, mas inicia no passado: “Porque um menino nos nasceu...”. As Escrituras são tão atemporais quando seu CRIADOR. Fato é que o descanso se daria pelo implemento da paz, da paz sem fim que viria sobre o trono espiritual de Davi.

            Quando Davi estava em desespero no deserto, as tribos de Israel titubeavam em escolher ou não Davi como rei, apesar de tudo o que DEUS fizera à nação israelita  por intermédio de Davi, o ESPÍRITO DE DEUS se apossou de Amasai e assim proferiu – I Crônicas, capítulo 12, versículo 18: 

Então, entrou o Espírito em Amasai, cabeça de trinta, e disse: Nós somos teus, ó Davi, e contigo estamos, ó filho de Jessé! Paz, paz seja contigo! E paz com os que te ajudam! Porque o teu Deus te ajuda...

            Sobre descanso que necessariamente resulta do sentimento de paz, quando os discípulos de JESUS se encontravam aterrorizados da carnificina jadaico-romano contra a integridade física e moral de JESUS materializada na cruz, trancafiados numa sala com medo dos judeus, JESUS adentra sem avisar, sem abrir as portas, porque atravessou a parede, e assim se manifesta – Lucas, capítulo 24, versículos 36 a 43: 

Falavam ainda estas coisas quando Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: Paz seja convosco! Eles, porém, surpresos e atemorizados, acreditavam estarem vendo um espírito. Mas ele lhes disse: Por que estais pertubados? E por que sobem dúvidas ao vosso coração? Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E, por não acreditarem ele ainda, por causa da alegria, e estando admirados, Jesus lhes disse: Tendes aqui alguma cousa que comer? Então lhe apresentaram um pedaço de peixe assado e um favo de mel. E ele comeu na presença deles.

            Esse texto desfila a paz sobrenatural que vem do PRINCIPE DA PAZ; JESUS acabara de vencer a morte pelo poder da ressureição; assim, “aterrorizou” os discípulos com alegria, afinal, era bom demais JESUS estar vivo, quanto mais, com vontade de comer. Porque JESUS fazia questão de transmitir tamanha paz aos discípulos, os quais, diga-se, permaneceriam na terral e passariam por situações terríveis? A resposta foi dada na cruz, antes de JESUS entregar seu espírito – João, capítulo 29, versículo 30:

Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito.

            A paz poderia ser desfrutada porque a obra perfeita de salvação perpetrada por JESUS estava consumada, concluída. Daí o apóstolo Paulo dizer que os que são de JESUS, os que lhe pertençem, que fazem sua vontade, que nasceram de novo, esses tais são espiritualmente mais que vencedores por meio de CRISTO JESUS, conforme descrito em Romanos, capítulo 8, versículo 37.

            Pelo exposto, então a paz poderia ser sentida a partir da morte de JESUS, quando a perfeita obra da salvação foi consumada, correto? Não, errado! Repita-se, na dimensão de DEUS passado, presente e futuro são a mesma coisa; portanto, as Escrituras Sagradas inspiradas pelo ALTÍSSIMO também são atemporais, bem as verdades nela inscritas. A verdade espiritual é que o CORDEIRO DE DEUS foi morto desde a fundação do mundo – Apocalipse, capítulo 13, versículo 8:

“... e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.      

            Ora, se o descanso deflui da paz, e a paz resulta da obra perfeita, no caso, da obra de salvação, e se JESUS foi morto desde a fundação do mundo, então a obra já estava consumada desde a fundação do mundo? Exato! Veja Hebreus, capítulo 4, versículos 3 e 4:

Nós, porém, que cremos, entramos no descanso, conforme Deus tem dito: Assim, jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso. Embora, certamente, as obras estivessem concluídas desde a fundação do mundo. Porque, em certo lugar, assim disse, no tocante ao sétimo dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que fizera.

            JESUS é o PRÍNCIPE DA PAZ porque ele foi morto espiritualmente desde a fundação do mundo, propiciando paz pela perfeita obra da salvação que o corpo, a alma e o espírito dos nascidos de novo podem desfrutar, a ponto de, mesmo respirando ameaças de morte, poderem em paz sentar, comer peixe, saborear favo de mel, como JESUS, pois vislumbravam o corpo espiritual de JESUS glorificado, o mesmo que o ESPÍRITO DE DEUS tem reservado a cada um dos salvos, após a ressureição dos mortos. Esse é o descanso do sétimo dia!

            Em Isaías, capitulo 9, a vinda do MESSIAS traria paz sem fim sobre o trono espiritual de Davi; em Hebreus, capítulo 4, a obra da salvação que propicia paz já estava consumada desde a fundação do mundo, mediante o CORDEIRO DE DEUS morto desde a fundação. São duas realidades justapostas, porque para DEUS ...    

            Essa série terminaria aqui; mas cabe uma última observação sobre o significado das águas sobre as quais o ESPÍRITO DE DEUS pairava antes da criação do mundo. 

            Pegue sua “prancha” e até o próximo texto.

            HI! FI!

POR: BRUNO ANÍBALL, COLUNISTA DO PORTAL BRASIL®


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