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P E N S A M  E N T O S    &   C I A.
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Coração Inocente
Por "Lela"

Eu tinha um coração
doce e inocente
o que havia mundo afora
A minha alma, a minha mente
Sequer imaginava
Era apenas uma moleca
Que estranhamente sonhava
E sobrevivia somente

Era triste, era alegre,
magricela, corpo fino
aprontava brincadeiras
tinha jeito de menino
Sabia que era feia
porque minha mãe dizia
boneca de porcelana
em minha vida não cabia

Estava assim resignada:
não me cabia beleza
não me cabiam brinquedos
das lojas detrás dos vidros
mas me cabia lavar
as pernas dos meus irmãos
Aos oito anos passar roupa
com um grande ferro à carvão.

Mesmo assim era feliz
Qual criança não o é?
Correr solta pela rua
Sem um sapato no pé
Jogar com bola de meia
E papagaio empinar
Brincar com bola de gude
B
rigas de rua ganhar.

Era eu, eu era assim.
Um dia descobri os livros
Descobri o mundo inteiro
Descobri todos os rostos
Vales, rios e montanhas
Descobri mulheres belas
E o desejo pertinaz
De tornar-me uma delas

Saber se vales, oceanos
Ilhas, baías, cidades...
Eram reais, de verdade.
Se na amplidão do que eu lia
Sonhos, fábulas, fantasias
Peter Pan, Branca de Neve
Cinderela e Sininho
Um dia eu encontraria.

E a vida me foi má
E a vida me foi boa.
Mas descobri que podia
Correr mundo, desbravar
Receber, dar alegria.
Ser bonita, irreverente...
Pude também constatar:
Que por toda vida não há
Um coração inocente.

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