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P E N S A M  E N T O S    &   C I A.
1 6  /  D E Z E M B R O  /  2 0 0 9

A     M Á G I C A     D O     N A T A L
"By Lela"
 

 

 

 

 

 

 

 

Já é dezembro, meu visto para a Austrália não saiu a tempo de poder estar na companhia do meu filho daqui a dois dias e comemorar com ele o Natal que planejamos passar juntos. Descuidei-me e entreguei a documentação fora do prazo, mas também não sabia que levaria um mês para que eles analisassem meus documentos.

Mudaram-se os planos, fiquei extremamente triste, até andei choramingando, mas no segundo momento ponderei comigo mesma qual vantagem poderia tirar deste contratempo. De todo modo, vou viajar em janeiro, aproveitar o verão com meu filho e minha programação natalina poderá ser muito boa de qualquer forma porque vou estar perto de outras pessoas que amo tanto quanto amo o Leo. Consolo-me.

Volto no tempo e lembro que há um ano pretendia juntar à família, para os festejos do natal, uma menininha de menos de dois aninhos por quem travava uma luta para livrá-la de estar na rua com uma mãe desequilibrada, dos maus-tratos, da desnutrição. Chegou o dia 24 e apesar dos bons momentos que vivi com meus outros queridos, sofri ao saber que Anninha encontrava-se numa situação lastimável e eu não havia obtido êxito na batalha que empreendi para tirá-la daquela situação deplorável o mais rápido possível. É a vida! Não podemos ter tudo, mas o amor que me tomou por este pequeno ser não me deixava estar cem por cento feliz e assim passei meu Natal dividida entre a alegria e a preocupação com ela.

Um ano passou rapidamente. Já vejo as luzes do Natal, as pessoas que alteram sua rotina, imprimem um  passo diferente ao  seu dia a dia, correm. O vai-vem antiquíssimo recomeça. Novamente  pressa, compras, presentes, tristezas, alegrias, expectativas, a repetição normal vivida por todos nós mortais em mais um ciclo que se fecha. O meu projeto para as festas deste 2009 não é mais o mesmo de 2008, e  novamente vejo frustrados meus planos: o que programei não se concretizou. Outra vez fico pesarosa, decepcionada, mas disso posso tirar uma lição: no próximo ano estarei revendo o que aconteceu e avaliando o que resultou de mais um desapontamento, da mesma forma que faço hoje em relação ao Natal passado. 

  Se há um ano eu estava triste porque não podia estar com aquela pequena criança sã e salva em meu colo, hoje, a tenho como presente que não chegou junto com as luzes natalinas, mas certamente não fora do tempo de Deus, pois em minha pequena fé não percebo que Ele age na nossa história e está ao nosso redor. As nossas preocupações, nossos próprios quereres, nossa distração para com outros interesses não nos deixa perceber este cuidado. Vejo isto no meu presente em forma de menina, que antes arredia e chorosa está hoje uma lindeza! Esperta corre para mim de braços abertos com um sorriso encantador que me arrebata e proporciona momentos de perfeita felicidade. Aquela menininha triste é outra pessoa: saudável, feliz, um doce de criança. As dores experimentadas quando ainda tinha tão pouco tempo de vida, parece não ter deixado marcas. Frequenta uma escolinha, aprendeu a conviver com outras crianças e seus olhinhos não são mais assustados e carregados de tristeza, antes transmitem alegria e o ar tranquilo de criança que sabe que é amada e que está em segurança; que não tem medo e não se assusta como antes. No início de 2009, conseguimos por fim tirá-la da situação degradante em que se encontrava (digo conseguimos porque esta é uma história partilhada). Não foi uma empreitada fácil, foi um processo sofrido e que resultou em êxito e tal desfecho foi extremamente recompensador. 

Em minha própria retrospectiva percebo a história que se repete: não vou passar o Natal da forma como planejei, não estarei com o meu filho como pretendi, não vamos nos aventurar juntos em um país que ainda não conheço e fazer as coisas que pensamos; não celebraremos juntos o nascimento de Jesus Cristo; não estarei lá para brindar o “happy new year”  e ver  os fogos na Harbour Bridge em um local privilegiado que ele tão carinhosamente preparou. Mas o que me reserva esta aparente desilusão? Preciso confiar e reportar-me ao feliz desfecho do aparente fracasso do ano passado, e acreditar firmemente, que no próximo ano estarei contando as maravilhas que advirão deste desencontro momentâneo.

 O meu Natal especial com Anninha não era aquele que preparei ano passado, mas este que agora chega, e o meu Natal especial com o Leo, tenho certeza  redundará em algo que ainda não sei, mas que transbordará. Afinal, segundo o Apóstolo Paulo "Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus" - Romanos 8:28.

 Vamos acreditar sempre que a magia do Natal transforma dor em alegria, gera paz e nos descortina as muitas possibilidades de estarmos em comunhão com os nossos queridos em qualquer circunstância  e sempre poderemos brindar nossos afetos, porque estamos unidos por fortes laços de amor. 

Que a paz esteja com a humanidade a despeito de tudo que se desenha em nossos dias. 

Que viva eternamente em nossos corações o Jesus menino, o Jesus Salvador. Viva o NATAL.

PUBLICAÇÃO AUTORIZADA EXPRESSAMENTE PELA AUTORA
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