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BONO
VOX, JUAN RULFO E O MUNDO SEM PAI
Por Bruno
Aníball Peixoto de Souza, colunista do Portal Brasil
Seguem trechos da canção “Wake Up Deade Man”/U2:
“Jesus, Jesus help me
I'm alone in this world
And a fucked-up world it is too
…
Your Father, He made the world in seven
He's in charge of heaven.
Will you put a word in for me?”
Juan Rulfo nasceu em San Gabriel, México, o pai foi assassinado e a mãe morreu do coração, pelo que aos seis anos lhe enviaram a um orfanato em Guadalajara, cresceu e, nesse contexto de abandono, escreveu dois livros em toda a vida, um em 1953 e o segundo, Pedro Páramo, em 1955.
O último entrou para o rol dos cem melhores livros da literatura mundial, ao lado de “Ilíadas”, de Homero, por exemplo, a despeito de ser um livro curto, cujo tópico é o drama do filho de Pedro Páramo, um garoto sem pai a buscar um pai que não era pai, um estereótipo de um México sem pai, como na canção de Bono Vox.
Bono pergunta a JESUS sobre seu PAI celestial, sente-se só tanto quanto este maldito mundo e Rulfo, o genial escritor que impactou a literatura a plasmar em poucas folhas o drama de não se ter um pai, da ausência, das coisas e pessoas que deveriam estar e não estão.
Bono e Rulfo, cada um ao seu modo, queriam a intervenção de DEUS e ela é JESUS, assassinado por uma sentença guardada em Madri, lavrada por Pôncio Pilatos, que sequer acreditava no escrevera, pois queria evitar que os judeus acendessem o barril de pólvora político que era a Judéia de então.
Enquanto carregava a cruz JESUS advertiu às mulheres que chorassem não por ELE, mas por elas mesmas e seus filhos, porque se faziam aquilo com ELE, o lenho verde, o filho de DEUS, o que não fariam com o lenho seco, os homens desprovidos de status da divindade?
Porque desde o Éden o homem dera a chave da autoridade recebida de DEUS ao diabo, que manipula o desejo humano - todos pecaram a partir da queda e foram destituídos da glória de DEUS, não há um justo sequer, ninguém que busque a DEUS (Salmo 14, versículo 3).
Mas há uma promessa – Salmo 68, versículos 5 e 6:
“Pai de órfãos e juiz de viúvas é Deus, no seu lugar santo. Deus faz que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões; mas os rebeldes habitam em terra seca.”
E mais – Oséias, capítulo 14, versículo 3:
“Não nos salvará a Assíria, não iremos montados em cavalos, e à obra das nossas mãos já não diremos mais: Tu és o nosso deus; porque por ti o órfão alcança misericórdia."
O livro do profeta Daniel conta a história de quatro crianças órfãs: Daniel, Sadraque, Mesaque e Abede-nego, garotos israelitas da tribo de Judá que viram os pais mortos pelo exército babilônico, foram levados à Babilônia, perderam a língua, o pais, a cultura e até os nomes, pois se lhes deram nomes de deuses babilônios.
Entretanto eram garotos que aprenderam a orar ao DEUS de Abraão, Isaque e Jacó, o DEUS que responde com fogo e que livra do fogo e, mais, se dispuseram a morrer por ELE, porque criam no versículo que impactou a vida de Marthinho Lutero centenas de anos depois - versículo 4, capítulo 2 de Habacuque:
“Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé.”
Assim como a Daniel e seus amigos, a despeito da solidão e crueldade, o órfão viverá pela fé num mundo que rejeita o PAI DAS LUZES, rechaça seu filho JESUS como senhor, e espalha o pútrido olor do pecado.
Paz.
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