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O
REI MACHADO
Por Bruno
Aníball Peixoto de Souza, colunista do Portal Brasil
Orgulho pode ser arrogância, um tipo de descompasso entre a percepção de si mesmo e a pretensa habilidade diferencial, como também, aquele sentimento natural que flui naturalmente pela habilidade ou dom, capacidade diferencial, aquilo que quando se faz e se sabe que outros apreciam ou invejam.
João Batista afirmou que o homem não tem nada que do alto não haja recebido, assim o seu drama é viver divorciado da fonte e da razão de ser de si e do que pode fazer, o homem entronizado no centro da própria existência, defenestrando DEUS do centro do comando.
Mas se pode defenestrar DEUS, apeá-lo do poder ainda que da existência de um ser humano? Não. Quando o homem é o “rei” de si mesmo, age assim porque DEUS o permite, infelizmente para sua própria destruição. Seguem palavras do ALTÍSSIMO registradas no capítulo 9, versículo 24 de Jeremias:
"Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o SENHOR, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR."
Buscar entender a DEUS, o conhecer mediante as Escrituras é ato de humildade, reconhecimento da dependência, consciência de que o machado não pode se gloriar de quem o usa.
Contudo a regra são machados que se orgulham e se gloriam. O capitulo 27 de Ezequiel alude à magnífica cidade de Tiro, sua glória e inteligência, cuja sabedoria do rei ultrapassava a do profeta Daniel, e frisa aquele momento em que o machado se encontra com seu criador, o tempo em que se divisa quem é quem.
Este capítulo é o paradigma sobre o fim do homem machado, o rei de si mesmo:
“E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
Tu pois, ó filho do homem, levanta uma lamentação sobre Tiro.
E dize a Tiro, que habita nas entradas do mar, e negocia com os povos em muitas ilhas: Assim diz o Senhor DEUS: O Tiro, tu dizes: Eu sou perfeita em formosura.
No coração dos mares estão os teus termos; os que te edificaram aperfeiçoaram a tua formosura.
Fabricaram todos os teus conveses de faias de Senir; trouxeram cedros do Líbano para te fazerem mastros.
Fizeram os teus remos de carvalhos de Basã; os teus bancos fizeram-nos de marfim engastado em buxo das ilhas dos quiteus.
Linho fino bordado do Egito era a tua cortina, para te servir de vela; azul e púrpura das ilhas de Elisá era a tua cobertura.
Os moradores de Sidom e de Arvade foram os teus remadores; os teus sábios, ó Tiro, que se achavam em ti, esses foram os teus pilotos.
Os anciãos de Gebal e seus sábios foram em ti os que consertavam as tuas fendas; todos os navios do mar e os marinheiros se acharam em ti, para tratarem dos teus negócios.
Os persas, e os lídios, e os de Pute eram no teu exército os teus soldados; escudos e capacetes penduraram em ti; eles manifestaram a tua beleza.
Os filhos de Arvade e o teu exército estavam sobre os teus muros em redor, e os gamaditas nas tuas torres; penduravam os seus escudos nos teus muros em redor; eles aperfeiçoavam a tua formosura.
Társis negociava contigo, por causa da abundância de toda a casta de riquezas; com prata, ferro, estanho e chumbo, negociavam em tuas feiras.
Javã, Tubal e Meseque eram teus mercadores; em troca das tuas mercadorias davam pessoas de homens e objetos de bronze.
Os da casa de Togarma trocavam pelas tuas mercadorias, cavalos, e cavaleiros e mulos.
Os filhos de Dedã eram os teus mercadores; muitas ilhas eram o comércio da tua mão; dentes de marfim e pau de ébano tornavam a dar-te em presente.
A Síria negociava contigo por causa da multidão das tuas manufaturas; pelas tuas mercadorias davam esmeralda, púrpura, obra bordada, linho fino, corais e ágata.
Judá e a terra de Israel, eram os teus mercadores; pelas tuas mercadorias trocavam trigo de Minite, e Panague, e mel, azeite e bálsamo.
Damasco negociava contigo, por causa da multidão das tuas obras, por causa da abundância de toda a sorte de riqueza, dando em troca vinho de Helbom e lã branca.
Também Dã e Javã, de Uzal, pelas tuas mercadorias, davam em troca ferro trabalhado, cássia e cálamo aromático, que assim entravam no teu comércio.
Dedã negociava contigo com panos preciosos para carros.
A Arábia, e todos os príncipes de Quedar, eram mercadores ao teu serviço, com cordeiros, carneiros e bodes; nestas coisas negociavam contigo.
Os mercadores de Sabá e Raamá eram os teus mercadores; em todos os seus mais finos aromas, em toda a pedra preciosa e ouro, negociaram nas tuas feiras.
Harã, e Cane e Éden, os mercadores de Sabá, Assur e Quilmade negociavam contigo.
Estes eram teus mercadores em roupas escolhidas, em pano de azul, e bordados, e em cofres de roupas preciosas, amarrados com cordas e feitos de cedros, entre tua mercadoria.
Os navios de Társis eram as tuas caravanas que traziam tuas mercadorias; e te encheste, e te glorificaste muito no meio dos mares.
Os teus remadores te conduziram sobre grandes águas; o vento oriental te quebrou no meio dos mares.
As tuas riquezas, as tuas feiras, e tuas mercadorias, os teus marinheiros, os teus pilotos, os que consertavam as tuas fendas, os que faziam os teus negócios, e todos os teus soldados, que estão em ti, juntamente com toda a tua companhia, que está no meio de ti, cairão no meio dos mares no dia da tua queda,
Ao estrondo da gritaria dos teus pilotos tremerão os arrabaldes.
E todos os que pegam no remo, os marinheiros, e todos os pilotos do mar descerão de seus navios, e pararão em terra.
E farão ouvir a sua voz sobre ti, e gritarão amargamente; e lançarão pó sobre as cabeças, e na cinza se revolverão.
E far-se-ão calvos por tua causa, e cingir-se-ão de sacos, e chorarão sobre ti com amargura de alma, e com amarga lamentação.
E no seu pranto levantarão uma lamentação sobre ti, e lamentarão sobre ti, dizendo: Quem foi como Tiro, como a que foi destruída no meio do mar?
Quando as tuas mercadorias saiam pelos mares, fartaste a muitos povos; com a multidão das tuas riquezas e do teu negócio, enriqueceste os reis da terra.
No tempo em que foste quebrantada pelos mares, nas profundezas das águas, caíram, no meio de ti, os teus negócios e toda a tua companhia.
Todos os moradores das ilhas estão a teu respeito cheios de espanto; e os seus reis tremeram sobremaneira, e ficaram perturbados nos seus rostos;
Os mercadores dentre os povos assobiaram contra ti; tu te tornaste em grande espanto, e jamais subsistirá.”
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