Área Cultural Área Técnica

 Ciência e Tecnologia  -  Colunistas  -  Cultura e Lazer
 
Educação  -  Esportes  -  Geografia  -  Serviços ao Usuário

 Aviação Comercial  -  Chat  -  Downloads  -  Economia
 
Medicina e Saúde  -  Mulher  -  Política  -  Reportagens

 Página Principal

I N T E L I G Ê N C I A      P O L Í T I C A
1 6  /  A B R I L  /  2 0 1 1
 

FERNANDO TOSCANO

Alckmin e Serra fecham acordo e dividem poder no diretório estadual
Por Fernando Toscano (*)

O grupo do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, fechou um acordo com o do ex-governador José Serra para dividir o poder no diretório estadual do PSDB, cuja convenção está marcada para o próximo dia 07 de maio.

Com receio de que ocorra uma debandada no partido semelhante à que ocorreu na montagem da chapa do diretório municipal de São Paulo - em que, alijados do processo, seis dos 13 vereadores da capital deixaram o partido - Alckmin aceitou dividir o poder e ceder a secretaria-geral do partido ao deputado federal Vaz de Lima (PSDB-SP), que foi presidente da Assembleia Legislativa e líder do governo na gestão Serra. Outro aliado deve ocupar a primeira-vice presidência: o deputado federal Vanderlei Macris.

O encontro entre interlocutores de Alckmin e de Serra aconteceu em um restaurante em São Paulo. Participaram do encontro, pelo governo, os secretários estaduais Sidney Beraldo (Casa Civil), Edson Aparecido (Gestão Metropolitana), Silvio Torres (Habitação) e, mais ao final, Júlio Semeghini (Gestão Pública). Vaz de Lima também participou, além do deputado federal Luiz Fernando Machado, coordenador da bancada tucana paulista.

Com o acordo, desfez-se a possibilidade de que duas chapas disputassem o partido, algo que os serristas previam que podia acontecer, tendo em vista que na primeira reunião para tratar do assunto, há 30 dias - antes do imbróglio do PSDB paulistano - não houve avanço nas negociações. Ficou acertado ainda que o deputado estadual Pedro Tobias, aliado de Alckmin, presidirá o partido e que a segunda-vice-presidência será ocupada por um indicado pelos prefeitos tucanos no Estado.

Os serristas também conseguiram mais dois postos. Um, a ser indicado pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (SP) e que provavelmente será seu assessor especial, João Guariba. Outro, de uma correligionária muito próxima de Serra: Ieda Areias, sua secretária particular.

Atualmente, o diretório é presidido pelo deputado federal Mendes Thame (SP), que ficou no posto durante todo o mandato de Serra no Palácio dos Bandeirantes. Ele assumiu um ano depois do primeiro embate entre serristas e alckmistas, em 2006, quando houve a disputa pela indicação do partido para a candidatura a presidente da República contra o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, Alckmin acabou sendo indicado, contando com o apoio do presidente do diretório paulista à época, Sidney Beraldo. No entanto, perdeu para Lula. Serra foi eleito governador e apoiou Thame para o diretório.

No ano seguinte, ocorreu o segundo embate entre serristas e alckmistas. Alckmin lançou-se candidato a prefeito de São Paulo com apoio de parte da legenda, uma vez que os tucanos ligados a Serra apoiaram a reeleição de Gilberto Kassab (DEM), que foi ao segundo turno e venceu Marta Suplicy (PT). Neste ano, com a posse de Alckmin, os serristas que apoiaram Kassab se sentiram desprestigiados na condução das negociações para o diretório paulistano e muitos deixaram o partido. Para evitar que isso ocorresse novamente, Alckmin fechou o acordo com os serristas.

(*) Fernando Toscano é o Editor-Chefe do Portal Brasil => Seu perfil

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS AO SEU AUTOR
PROIBIDA A REPRODUÇÃO SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA

Leia mais sobre política ==> CLIQUE AQUI
 


FALE CONOSCO ==> CLIQUE AQUI