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I A.
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Tragédias de
um mundo incompreensível Qual dor maior podemos identificar? A dor do inesperado, da perda que chega sem aviso prévio; a dor que explode de forma estarrecedora, impiedosa, imperiosa, fatal. A dor que faz tanto barulho que atravessa fronteiras, que grita alto em nossa vida, no coração de um jeito que a alma se transforma em trapo ao vermos a beleza exuberante da juventude transformada em corpos inertes. Todos estupefatos, assombrados, impotentes... Existe outro tipo de dor tão grande, do mesmo modo triste e desesperadora: a dor de ver os filhos morrerem lentamente, definhando, olhar suplicante pedindo pão. Esta é outra tragédia que se abate todos os dias sobre milhares de famílias e que choca o mundo, entretanto esta é uma dor silenciosa, da qual pouco se fala. De muitas dores vive e convive o mundo: a dor dos que se destroem logo cedo com drogas e outros tipos de vícios. Muitos tão bonitos, tão bem criados; outros trazem consigo desde cedo a marca da tragédia. Nunca foram amados, muitas vezes pelos próprios pais que também são produtos do desprezo, do isolamento, do descaso do poder público e da sociedade. A dor pelos que morrem também todos os dias, vítimas de maus motoristas, de maus governantes que entregam as estradas ao abandono. A dor pelos que morrem nos hospitais porque ali os médicos são insuficientes, os medicamentos pouquíssimos, os leitos raros, o respeito zero, dignidade não há para os que agonizam e para os que morrem. A dor pelos que sem segurança alguma do estado, são executados quando voltam do trabalho depois de um dia de luta, partem para suas casas em busca do merecido descanso e para os braços da família, são surpreendidos por bandidos. Homens e mulheres sacrificados todos os dias. E a dor das crianças que são maltratadas, violentadas, mortas física e psicologicamente? Dor, dor, dor e dor. Quanta dor em um mundo egoísta e desprovido de amor. Vivemos com uma espada sobre nossas cabeças. Não sabemos em que momento a tragédia sobrevirá. Entregues à própria sorte não entendemos porque nos falta o mínimo essencial como retorno por tanto que pagamos em impostos que geram rios de dinheiro, mas que até no mais básico dos direitos, como a certeza de que se cumpram leis e as normas mais simples, não há a menor garantia. Muitos filósofos, pensadores, teólogos, no passado e hoje, dedicam muito do seu tempo a pensar este nosso mundo. Queremos compreender o que é estar aqui e as consequências disto. Por que tanto mal? Somos angustiados por termos tudo e não termos nada, tanto progresso, tanta ciência e ao mesmo tempo o homem solitário na multidão, massacrado pela mentira, pelo egoísmo, pela cobiça, pela busca do lucro fácil e inconsequente, pela corrupção. Existem, aos milhares, aqueles que, esquecendo-se que são mortais e, tendo os meios nas mãos, não pensam no próximo. Certamente nem só de males é feita a vida, mas nos intriga o sofrimento diuturno que, de um modo ou de outro, nos afeta direta ou indiretamente, conosco ou com nossos irmãos, e penso o sonho da humanidade melhor e mais íntegra. “Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.” (Tg 1. 15). |
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