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Sempre fica um traço de algum parente
distante em nosso rosto,
Há sempre algo que marca. Reminiscências que nos enche de gosto
Há sempre porções ancestrais a dizer quem somos nós.
No corpo, na alma, no querer, no agir, a dizer que não estamos sós.
Somos o produto de seres, haveres, condutas, costumes, somos
história.
Somos nossos pais, avós, antepassados distantes, grifados na
memória,
Somos a profusão de cada átomo dos que nos antecederam.
Bebemos a mesma fonte que antes, eles beberam.
Foram alegres ou tristes, bons ou nem tanto, heróis e covardes,
apenas humanos.
Somos indivíduos, mas somos raça, somos todos, somos nação.
Muitas vezes inimigos, mas temos a mesma origem, viemos do mesmo pó,
somos irmãos!
A beleza da nossa espécie nos constrange, veja um recém-nascido, uma
criancinha,
Inocente e bela, vemos um milagre! Materializado nele, de Deus, o
presente!
Ah! Pudesse o homem semear o bem, o amor, apenas e somente.
Ao nascer o bebê, quanta alegria! sentimento de ternura nos
invade
Desejamos ser puros e amoráveis, compreendemos o valor da
humanidade.
Lamentável esquecer que cada marca, registrada no rosto de um novo
ser,
são dádivas harmônicas e perfeitas que o tempo nos transmite para
que
perpetuada seja a nossa identidade.
Com júbilo celebremos, pois, a vida, por esta forma sublime de
eternidade. |