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OS SERES VIVOS
A biodiversidade da Terra
Para estudar os seres vivos existentes na Terra, desde a Antiguidade procura-se reuni-los em grupos, formados de acordo com algum crit�rio. O lugar onde eles vivem j� foi um crit�rio de agrupamento. Assim, os seres vivos eram classificados em a�reos, aqu�ticos e terrestres. Outra forma de classific�-los foi considerar a sua utilidade ao homem. E ent�o eles foram divididos em �teis, nocivos e indiferentes. Hoje, entretanto, os seres vivos podem ser classificados com base em caracter�sticas tanto externas quando interna, que revelam o grau de parentesco entre eles. Mesmo t�cnicas de biologia molecular vem sendo utilizadas para identificar esse grau de parentesco. Os cientistas desenvolveram um sistema de classifica��o - universalmente aceito - e detalhado a seguir.
Com certeza, o homem n�o conhece todos os seres vivos que habitam a Terra, pois eles constituem uma variedade muito grande. � essa grande variedade de seres vivos existentes no nosso planeta que chamamos de biodiversidade.
Sobre a biodiversidade da Terra, podemos destacar o seguinte:
Alguns deles s�o domesticados, outros est�o pr�ximos - no zool�gico -, �rvores e plantas est�o em todo lugar: avenidas, jardins, parques, vasos, etc;
H� seres vivos que voc� conhece somente pro meio de filmes ou de revistas;
Existem outros seres vivos na Terra que nem os cientistas e pesquisadores ainda conhecem.
Alguns especialistas estimam que existam entre cinco e trinta milh�es de esp�cies de seres vivos na Terra, mas apenas cerca de um milh�o e quatrocentas mil s�o conhecidas neste in�cio de s�culo XXI.
Classifica��o dos seres vivos
� muito dif�cil estudar isoladamente todos os seres vivos conhecidos na Terra. Saber como eles s�o, onde se abrigam, como se reproduzem, por exemplo, n�o � uma tarefa f�cil.
Na tentativa de entender melhor a evolu��o dos grupos de seres vivos e suas rela��es de parentesco, os cientistas fazem a sua classifica��o. Classificar � agrupar, formar grupos, obedecendo a determinados crit�rios. Exemplos: Grupo dos macacos (macaco-aranha, sag�i, bugio, etc.); Grupo dos p�ssaros (curi�, can�rio, pardal, beija-flor, etc.); Grupo dos c�es (pequin�s, yorkshire terrier, perdigueiro, pastor alem�o, etc).
Esp�cie e g�nero
Esp�cie � o conjunto de indiv�duos semelhantes que podem cruzar-se entre si, gerando descendentes f�rteis.
Para entender bem esta defini��o, veja o exemplo do cavalo e da �gua. Eles podem cruzar-se e d�o origem a um descendente f�rtil, isto �, que tamb�m pode originar descendentes. Por isso, eles s�o da mesma esp�cie.
Do cruzamento de um jumento com uma �gua nascer� um burro (macho) ou uma mula (f�mea). Estes animais ser�o est�reis, isto �, n�o podem dar origem a descendentes. Portanto o cavalo (e a �gua) e o jumento s�o de esp�cies diferentes.
Esp�cies mais aparentadas entre si do que com quaisquer outras formam um g�nero.
Os c�es e os lobos s�o parentes pr�ximos e tamb�m muito semelhantes. Assim, todos esses animais foram classificados no g�nero Canis.
Com as no��es de g�nero e esp�cie, o cientista sueco Carlos Lineu (1707 - 1778) classificou todos os seres vivos at� ent�o conhecidos. Para isso, empregou sempre duas palavras para dar nome a eles.
Nome cient�fico
As duas palavras do nome cient�fico s�o escritas no idioma latim. Essa l�ngua, usava pelos antigos romanos, foi escolhida por ser um idioma morto, ou seja, ningu�m mais o utiliza no dia a dia. Os idiomas em uso geralmente sofrem altera��es, trazendo mais de um significado para uma determinada palavra. Outra vantagem de utilizar um idioma universal cient�fico seria o fato de os seres vivos descritos em trabalhos cient�ficos serem identificados por um pesquisador em qualquer parte do planeta, seja ele chin�s, alem�o, portugu�s, brasileiro ou finland�s.
O nome cient�fico deve estar destacado do texto de alguma maneira para facilitar a sua identifica��o. Isso pode ser feito com letras em negrito, em it�lico ou sublinhadas.
Lineu chamou o c�o, por exemplo, de Canis familiaris e o lobo de Canis lupus. Observe que a primeira palavra � escrita sempre em mai�scula e a segunda em min�scula.
A express�o formada da primeira palavra (Canis) mais a segunda (familiaris ou lupus) representa a esp�cie a que pertence o animal. Assim, Canis, � o nome do g�nero ao qual pertencem, que � o mesmo para o c�o e para o lobo. Ou seja, c�o e lobo s�o do mesmo g�nero, mas de esp�cies diferentes.
O homem pertence � esp�cie Homo sapiens.
G�neros podem ser agrupados e formar uma fam�lia
O conjunto de g�neros mais aparentados entre si do que com quaisquer outros forma a fam�lia. Assim, o c�o (Canis familiaris) e animais aparentados a ele, como, por exemplo, o lobo (Canis lupus) e a raposa (Vulpes vulpes) fazem parte da fam�lia dos can�deos (Canidae).
Fam�lias podem ser agrupadas e formar uma ordem
O conjunto de fam�lias mais aparentadas entre si forma uma ordem. Assim o c�o, o lobo e a raposa (da fam�lia dos can�deos) e o tigre (da fam�lia dos fel�deos - Felidae) fazem parte da ordem dos carn�voros (Carnivora).
Esses animais tem v�rias semelhan�as e normalmente se nutrem apenas de carne - da� o nome da ordem. Mas os ursos fazem parte da ordem carn�vora e tamb�m se alimentam de mel e de frutas e o c�o dom�stico, come tamb�m outros tipos de alimento, al�m de carne.
Ordens podem ser agrupadas e formar uma classe
Um conjunto de ordens mais aparentadas entre si forma uma classe. Assim a raposa (da ordem dos carn�voros), o rato (da ordem dos roedores - Rodentia), o macaco e os seres humanos (da ordem dos primatas - Primates) e o coelho (da ordem dos lagomorfos - Lagomorpha) fazem parte da classe dos mam�feros - Mammalia).
A caracter�stica mais marcante dessa classe � a presen�a de gl�ndulas mam�rias, que nas f�meas s�o desenvolvidas e produzem o leite que alimenta os filhotes.
Classes podem ser agrupadas e formar um filo
O conjunto de classes mais aparentadas entre si forma um filo. Assim, o boi (da classe dos mam�feros), a galinha (da classe das Aves - Aves), a tainha (da classe dos peixes - Osteichthyes), o sapo (da classe dos anf�bios - Amphibia) e a cobra (da classe dos r�pteis - Reptilia) fazem parte do filo dos cordados (Chordata).
Esses animais s�o semelhantes porque possuem, na fase de embri�o, uma estrutura chamada notocorda, com fun��o de sustenta��o. A notocorda pode desaparecer ou n�o. Nos animais que possuem v�rtebras (vertebrados), como os seres humanos, a notocorda desaparece durante o desenvolvimento embrion�rio. Em seu lugar forma-se a coluna vertebral.
Filos podem ser agrupados e formar um reino
O conjunto de filos mais aparentados entre si forma um reino. Assim, o filo dos cordados e todos os outros filos de animais formam o reino dos animais (Animalia).
Os animais s�o semelhantes porque s�o pluricelulares, heterotr�ficos e tem tecidos especializados.
Os cinco grandes reinos
Durante muitos s�culos os seres vivos foram classificados em apenas dois reinos: animal e vegetal. Para fazer esta classifica��o os cientistas levaram em considera��o dois crit�rios:
Todos os seres vivos que se locomovem e s�o heterotr�ficos seriam animais;
Todos os seres que n�o se locomovem e que apresentam clorofila seriam vegetais.
Em muitos casos, essas caracter�sticas podem ser facilmente observadas. As girafas s�o animais porque se movimentam - anda, corre, mexe a cabe�a para procurar alimento e a �rvore e o capim s�o vegetais porque s�o fixos e tem clorofila (s�o verdes).
Em outros seres vivos, por�m, as diferen�as n�o s�o t�o claras.
Os cogumelos n�o tem clorofila e n�o se locomovem. Portanto, n�o s�o animais nem vegetais;
Com o desenvolvimento do microsc�pio, descobriam-se micro-organismos que n�o tinham caracter�sticas de vegetal nem de animal ou tinham caracter�sticas dos dois grupos, dificultando a sua classifica��o. Um bom exemplo disso � a euglena. Ela possui clorofila e se locomove. Trata-se de um vegetal ou animal?
A partir de 1969, ent�o, os cientistas estabeleceram um novo sistema de classifica��o, agrupando os seres vivos em cinco reinos. S�o eles:
Reino da moneras (ou reino Monera) - Engloba todos os seres unicelulares e procariontes, isto �, que n�o possuem n�cleo individualizado por uma membrana em suas c�lulas; o material gen�tico desses seres encontra-se disperso no citoplasma. S�o as bact�rias e as cianof�ceas (tamb�m chamadas de cianobact�rias e de algas azuis);
Reino dos protistas (ou reino Protista) - � formado somente por seres unicelulares e eucariontes, isto �, que possuem n�cleo individualizado pro uma membrana. S�o os protozo�rios e as algas unicelulares eucariontes;
Reino dos fungos (ou reino Fungi) - Engloba seres vivos eucariontes, unicelulares ou pluricelulares e heterotr�ficos; suas c�lulas possuem parede celular;
Reino das plantas ou dos vegetais (ou reino Plantae ou Metaphyta) - Engloba todas as plantas. Esses seres s�o pluricelulares, autotr�ficos e possuem tecidos especializados;
Reino dos animais (ou reino Animalia ou Metazoa) - Engloba todos os seres vivos pluricelulares, heterotr�ficos e com tecidos especializados. Suas c�lulas s�o possuem parede celular.
Curiosidade => O lobo-da-tasm�nia, animal que parece um lobo ou um c�o, � encontrado na Austr�lia e desempenha atividades e fun��es em seu ambiente semelhantes �s dos lobos e c�es de outras regi�es do planeta.
No passado, os taxonomistas - cientistas que estudam a evolu��o e a classifica��o dos seres vivos -, considerando as caracter�sticas externas desse animal, pensavam que ele fosse parente pr�ximo dos lobos e c�es.
Estudando o desenvolvimento embrion�rio e outras caracter�sticas do lobo-da-tasm�nia, os taxonomistas modernos perceberam que o animal possui uma bolsa especial que abriga os filhotes ainda na forma de feto e que lhes d� prote��o e os alimenta. Constataram, ent�o, que o lobo-da-tasm�nia � mais aparentado com gamb�s e cangurus. Ele � um marsupial.
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