O principal evento dos meses de dezembro e janeiro na Europa é um campeonato de saltos de esqui, o Vier Schanzen Tournée. Realizado em quatro cidades diferentes, na Alemanha e na Áustria, o torneio começou em Oberstdorf, indo para Garmish Partenkirchen, seguindo para Innsbruck e terminando no último domingo em Bischofshofen.

Em 2001 o grande nome do tênis mundial foi o jovem australiano Lleyton Hewitt. Ele teve a ousadia de bater o nosso Guga em plena Florianópolis pela Copa Davis e terminou o ano na liderança do ranking mundial, que era ocupada pelo brasileiro.

Vamos conhecer agora alguns detalhes numéricos do ano 2001.

Ivanisevic foi quem mais marcou aces (saques sem que o defensor sequer toque na bola, ou seja, sem defesa) com 801 aces em 48 jogos. Logo atrás está o nosso Guga com 683 aces em 74 jogos, seguido por Yevgeny Kafelnikov com 669 aces em 94 jogos.

Guga também está entre os melhores “segundos saques”, tendo vencido 55% dos pontos disputados com o seu segundo saque, contra 56% de Andy Roddick e Wayne Arthurs.

O grande ponto fraco de Guga, levando-se em conta apenas os números, está no fato dele ter dificuldade em quebrar o serviço adversário (vencer o game quando é o outro que está sacando) e não ter uma boa média de pontos quando está recebendo o saque.

Começará no próximo dia 14, segunda-feira, o Australian Open, primeiro dos quatro torneios do Grand Slam do tênis. O Grand Slam é composto pelo Australian Open, French Open, Wimbledon e o US Open. Conquistar o Grand Slam é o sonho máximo de qualquer tenista.

Guga tradicionalmente não vai bem neste torneio e no ano passado perdeu na 2ª rodada para Greg Rusedski. Guga está torcendo para conseguir um desempenho melhor este ano.

O super favorito e tenista da casa, Lleyton Hewitt, não participará do Australian Open por ter pego uma catapora tardia.

O norte-americano André Agassi entra como defensor do título que conquistou em 2001, ao vencer  Arnauld Clement por 6/4 6/2 e 6/2.

O Australian Open de 2002 dará ao campeão US$ 1 milhão, US$ 500 mil ao vice, US$ 250 mil aos semifinalistas e é um dos poucos torneios onde a premiação no masculino é igual a premiação no feminino, enquanto nos outros torneios a premiação masculina costuma superar a feminina.

Gustavo Kuerten, estreou no tênis profissional em 1993. Nos últimos cinco anos Guga sempre esteve entre os 25 primeiros no ranking mundial, enquanto nos três últimos anos sempre esteve entre os cinco primeiros, sendo o primeiro sul-americano a ficar tanto tempo como primeiro no ranking mundial. No ano passado, Guga participou de 78 partidas, vencendo 60. Em sua carreira já participou de 386 jogos, tendo vencido 261 jogos e perdido 125.

Vocês sabiam que o Guga já liderou o ranking por 43 semanas, sendo o nono melhor jogador da história do tênis mundial, atrás apenas de feras como Pete Sampras, Ivan Lendl, Jimmy Connors, John McEnroe, Bjorn Borg, André Agassi, Stefan Edberg e Jim Courier.

Depois desta aula de tênis, vamos mudar de assunto e ir para o deserto da África.

A semana foi bastante interessante, com provas especiais longas, extremamente difíceis e de alto nível técnico.

Na categoria carros, o japonês Hirochi Masuoka está dominando e tem tudo para ser o segundo japonês a vencer o temido Dakar. Masuoka terminou 10 vezes (em 12 especiais) entre os cinco primeiros. Um verdadeiro massacre, que deixou os concorrentes sem saber como vencer o “japonês voador”. Mas, como dizem, o Dakar só termina depois da chegada no Lago Rosa e ainda faltam 3 dias... Excelente desempenho do brasileiro Klever Kolberg, com seu Pajero Diesel 4x4 está entre os 8 primeiros na classificação geral e entre os 3 primeiros em sua categoria.

Já nas motos, a disputa está interessante e tudo pode acontecer. A vitória será decidida nos segundos entre o atual campeão Fabrizio Meoni, Joan Roma e Alfie Cox. O chileno Carlo de Gavardo, que até anteontem estava na disputa, teve dois dias ruins e agora está quase uma hora atrás dos líderes e será difícil recuperar este tempo.

Nos caminhões, o russo Vladimir Tchaguine está com a vida fácil. Além de ter o melhor caminhão, contou com a quebra do brasileiro André Azevedo na etapa desta quinta-feira (quando a coluna foi escrita, ainda não estava definido se André abandonaria ou não a prova).