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- 11.09.2004 -
“Jesus estava em pé ante o governador e este o interrogou, dizendo: És tu o rei dos judeus? Respondeu-lhe Jesus: Tu o dizes. E, sendo acusado pelos principais sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu. Então, lhe perguntou Pilatos: Não ouves quantas acusações te fazem? Jesus não respondeu nem uma palavra, vindo com isto a admirar-se grandemente o governador. Ora, por ocasião da festa, costumava o governador soltar ao povo um dos presos, conforme eles quisessem. Naquela ocasião, tinham eles um preso muito conhecido, chamado Barrabás. Estando, pois, o povo reunido, perguntou-lhe Pilatos: A quem quereis que eu vos solte, a Barrabás ou a Jesus, chamado Cristo? Porque sabia, que, por inveja, o tinham entregado. E, estando ele no tribunal, sua mulher mandou dizer-lhe: Não te envolvas com esse justo; porque hoje, em sonho, muito sofri por seu respeito. Mas os principais sacerdotes e os anciãos persuadiram o povo a que pedisse Barrabás e fizesse morrer Jesus. De novo, perguntou-lhes o governador: Qual dos dois quereis que eu vos solte? Respondeream eles: Barrabás. Replicou-lhes Pilatos: Que farei, então, de Jesus, chamado Cristo? Seja crucificado responderam todos. Que mal fez ele? Perguntou Pilatos. Porém cada vez chamavam mais: seja crucificado! Vendo Pilatos que nada conseguia, antes, pelo contrário, aumentava o tumulto, mandando vir água, lavou as mãos perante o povo, dizendo: Estou inocente do sangue deste justo; fique o caso convosco! E o povo todo respondeu: Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos filhos! Então, Pilatos lhes soltou Barrabás; e, após haver açoitado a Jesus, entregou-o para ser crucificado.”
Mateus,
Capítulo 27, Versículos 11 a 26
A cidade aonde JESUS nasceu - Belém - foi a mesma que presenciou matança dos
inocentes – crianças de dois anos para baixo - perpetrada por Herodes na
tentativa de matar o bebê JESUS. Jerusalém, cidade santa, local onde JESUS
efetuou curas, sinais e prodígios, foi a mesma que se sublevou para matá-lo.
Do nascimento até a morte, por onde JESUS passou houve tremenda manifestação
de trevas e de luz; mas nunca, imparcialidade.
Há algo pitoresco no episódio que envolveu o Pretor Romano e Governador Pôncio
Pilatos. Diz o Credo: “Padeceu sob Pôncio Pilatos...”
O filme “A Paixão de Cristo”, de Mel Gibson, revela magistralmente
como este Pretor tentou três vezes
livrar-se do fenômeno JESUS:
a)
sendo JESUS Galileu, encaminhou-o à jurisdição de Herodes, ou seja,
usou subterfúgio processual do Direito Romano para “empurrar a batata
quente”;
b)
em após, mandou açoitar JESUS esperando arrefecer rompante homicida
daquele povo ao causar pena por seu estado;
c)
por última cartada, pediu que escolhessem entre JESUS e o serial killer Barrabás.
Sem sombra de dúvida, Pôncio Pilatos, Governador da Judéia, era
simpatizante de JESUS; admirava-o pelos feitos sobrenaturais, admirava-o pelo
comportamento dele naquele tribunal romano; ELE era diferente; havia algo
especial nele; como disse o apóstolo João: “... a vida estava nele...”
Contudo, o não judeu Pôncio Pilatos estava numa “sinuca de bico”: ou
entregava JESUS à morte; ou, de certa forma, talvez até literalmente, ele
mesmo morreria. Tentara administrar sua vida, seu conforto, seu futuro político
e o desejo de preservar JESUS. Encalacrado, resolve “lavar as mãos”.
Espiritualmente, muitos são assim; simpatizam com JESUS, ouvem com agrado
suas palavras, acham bonito, compram DVD do filme de Mel Gibson. Mas, se, para
preservá-lo, tiverem que abrir mão da forma de viver – modus
vivendi - , das prioridades, dos desejos pessoais, dos hábitos
arraigados, então “lavam as mãos” entregando-o para ser morto.
O grande drama no episódio de Pôncio Pilatos é que entregou JESUS a morte
dentro do seu coração. Assim como sucedeu em Belém e em Jerusalém, nunca
houve nem haverá imparcialidade
perante o fenômeno JESUS.
Leia passagem registrada em João, Capítulo 12, Versículos 20 a 25:
“Ora,
entre os que subiram para adorar durante a festa, havia alguns gregos; estes,
pois, se dirigiram a Filipe, que era de Betsaida da Galiléia, e lhe rogaram:
Senhor, queremos ver Jesus. Filipe foi dizê-lo a André, e André e Filipe o
comunicaram a Jesus. Respondeu-lhes Jesus: É chegada a hora de ser
glorificado o Filho do homem. Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de
trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz
muito fruto. Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida
neste mundo preserva-la–á para a vida eterna.”
Amigo, você é o grão de trigo; nenhum simpatizante de JESUS herdará o
Reino de DEUS; nenhum simpatizante tem a vida eterna.
Se Pilatos não quis abrir mão de seu conforto político, milhares de pessoas
abriram mão de suas vidas no circo romano; foram primeiros mártires. Como
está escrito em Apocalipse, Capítulo 12, Versícuo 11: “... mesmo em face
da morte, não amaram a própria vida.”
Conselho de amigo, se você não quer abrir mão de pequenos prazeres para
preservar JESUS dentro do seu coração,
não perca seu tempo lavando as mãos.
A
UMA NOVA COLHEITA!
POR: BRUNO ANÍBALL, COLUNISTA DO PORTAL BRASIL®
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