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M O T I V A Ç Ã O   &   E M P R E E N D E D O R I S M O
16 / janeiro / 2006


SOMOS TODOS INCRÍVEIS
Por Gilberto Wiesel, colunista-titular do Portal Brasil

            Dia desses fui ao cinema com minha filhinha. Era o que ela mais queria e fazia tempo que pedia para que eu a levasse. Ela fez todas as tentativas para me convencer. Dizia que eu acharia muito legal, que todas os pais das amiguinhas já tinham ido, somente eu ainda não. Percebi que ela estava usando todos os argumentos, que as crianças sabem como ninguém usar, para conseguir o que queria. Enfim, fiz a sua vontade.

            Assim chegou o grande dia do cinema. Ela estava radiante por estar acompanhada de seu pai, e eu, orgulhoso de estar ali, segurando naquela mãozinha de apenas cinco aninhos, de olhos vibrantes por ter conseguido seu objetivo.

            O filme, como não poderia deixar de ser, era sobre super-heróis. O nome do filme, Os Incríveis. Para mim, este nome só tinha a ver com alguma coisa ligada à música. Como a vida, os filmes também se renovam, mas os seres humanos, como o fazem há muito tempo, continuam a identificar-se, procurando ser como aquelas figuras criadas por um autor. Foi assim com nossos pais, foi assim conosco e agora, com nossos filhos.

            Acomodamo-nos nas poltronas confortáveis do cinema e começamos a assistir. À medida que as cenas passavam, a galera, ora vibrava com as proezas dos seus super-heróis, ora ficava preocupada, tensa, enfim, percebia-se um emaranhado de emoções. Toda vez que aparecia um personagem mais valente e mais bonito, minha filha dizia, pai, essa sou eu, olha, pai, como faço coisas, sou forte, rápida, ajudo as pessoas, acabo com os bandidos, os monstros, não tenho medo, etc.

            Depois de algumas horas, o filme terminou e, lógico, os super-heróis venceram e fomos todos felizes para casa. Voltamos para nossa realidade diária. Saí do cinema, porém, pensando naquele filme, analisando aquela família de super-heróis, pois não sei se sabem, este filme apresenta uma família, composta por pai, mãe e filhos, todos com superpoderes. São Os Incríveis.

            Comecei a associar a história à nossa vida, ao nosso cotidiano, nosso trabalho, nossa família, à sociedade, e percebi que OS INCRÍVEIS somos nós. Sim, por que como explicar todas as coisas pelas quais se passa para conseguir sobreviver nesta Terra, se não se é um pouco super-herói?

            Nós somos INCRÍVEIS, por agüentarmos tantas pressões diariamente. Cada um desenvolvendo um papel relativo a um personagem. Faça uma retrospectiva da sua rotina agora e veja se não é verdade. Analisemos a mulher elástica, que é uma das personagens do filme. Pergunto: Muitas vezes não se tem que ser como a mulher elástica para poder suportar toda a carga de cobranças diárias?

           Analisem somente as mulheres neste país.Trabalham fora, estudam, cuidam da casa, das finanças, dos filhos, do marido, etc. Não são verdadeiramente elásticas? Você, que é mulher e que está lendo esta matéria agora, não seria uma supermulher elástica? Com superpoderes? Olha, tenho certeza de que vocês concordam, porque eu concordo. Enquanto estou escrevendo, penso na minha esposa que é profissional, e passa por tudo isso, e percebo que, realmente, somente sendo elástica para fazer tudo o que fazem.

O que dizer de nós, empresários deste país, quanta elasticidade temos que ter. Chegamos, muitas vezes, quase ao ponto de arrebentar. São os juros altos, impostos absurdos, competição desenfreada, falta de ética, corrupção, impostos altíssimos, falta de planejamento no país para se investir com mais segurança, falta de financiamentos compatíveis para o crescimento, falta de infra-estrutura, enfim, é uma carga demasiada. 

Então, somos ou não OS INCRÍVEIS?

Somos os atores deste filme, basta colocarmos a máscara e vestirmos a roupa dos personagens da ficção. Isso que, até agora, só estou fazendo comparação com um dos personagens.

Como pais, gostaríamos de que nossos filhos pudessem ter todos aqueles super-poderes que têm os filhos do Casal Incrível, para que pudéssemos ficar tranqüilos, quando eles saíssem de casa, e tivéssemos a certeza de que estão seguros e que voltarão ilesos e felizes para casa. Como gostaríamos que tivessem o poder de se tornarem invisíveis, quando o perigo estivesse por perto, ou então que possuíssem um escudo protetor para se defenderem de uma bala perdida. Como gostaríamos que fossem velozes para poder escapar das armadilhas da competição alucinada, que soubessem andar sobre a água para chegar mais rápido aos seus objetivos, enfim, terem todos esses poderes para se protegerem de tudo o que os espera, quando saírem para enfrentar a vida. Como isso seria maravilhoso!

Entretanto mesmo sem todos os poderes que os personagens do filme, a Violeta o Flecha e a Mulher Elástica, cercamo-nos do que podemos e daquilo que está ao nosso alcance, para buscarmos a garantia de um pouco de paz.

Então, somos ou não OS INCRÍVEIS? 

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