Após estarem muito próximas do pódio, disputando a terceira posição na parte final da maratona aquática de 10 km, as brasileiras Poliana Okimoto e Ana Marcela Cunha acabaram se atrapalhando por conta de uma rivalidade caseira. Poliana terminou na quinta posição e Ana Marcela em sétimo lugar.

            Depois da prova, as duas nadadoras reconheceram que a disputa para ver qual brasileira chegava na frente atrapalhou a chance de conquistar um resultado melhor.

            "Acabou que uma atrapalhou a outra durante a prova. Perdemos o vácuo, quando saímos para o lado. Depois tentamos nos recuperar, mas brigar quando se está mais longe na parte final fica mais difícil", afirmou Poliana. "Nós somos que nem o Prost e o Senna, uma não existiria sem a outra".

            Ana Marcela considera que essa rixa entre as duas pode ter comprometido a prova. "Talvez se tivéssemos feito o mesmo jogo de equipe das britânicas (Keri-Anne Payne e Cassandra Patten, segundo e terceiro lugares), a situação seria melhor. Ficou mais a rivalidade do País e é meio difícil".

            De acordo com a jovem de 16 anos, apesar de treinarem na mesma cidade, as duas não fazem um trabalho em conjunto. "Nós duas moramos em Santos. Talvez se juntasse todo mundo para treinar, a coisa mudaria de figura".

            Apesar de preferir minimizar a polêmica, Ricardo Cintra, técnico e marido de Poliana, deixa claro que existe uma certa rivalidade entre as duas. Ana Marcela treina na Unisanta, enquanto Poliana é ligada ao Pinheiros, apesar de treinar em uma piscina em São Vicente. "A Unisanta é nossa rival", disse Ricardo.

            O técnico de Ana Marcela, Márcio Latuf, também deixa evidente que existe uma certa rixa entre as duas. "A Ana Marcela está em uma crescente muito boa. Essa é a primeira vez que ela consegue vencer a Poliana em uma prova internacional".