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I M I G R A Ç Ã O
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/ J A N E I R O / 2 0 0 9
O presidente da
desilusão
Em 2008, com
o esmagador apoio de todas as forças dos Estados Unidos, inclusive de um
segmento do partido republicano, o senador do estado de Illinois, Barack
Obama, foi eleito para o cargo mais importante do planeta com a missão
de salvar a debilitada economia mundial, erradicar a pobreza, e
implantar um sistema de saúde para todos os americanos - copiar o modelo
praticado pelo Hospital de Base de Brasília.
Obama logo percebeu que o melhor a fazer, talvez a única saída possível, era dar um cargo político para a senadora Hillary Clinton - e meteu a mão num vasto vespeiro onde se desentendiam antigos e leais companheiros de lutas.
Os democratas de esquerda encontram-se desolados e desencantados. Obama prometeu mudanças, mas o seu staff está parecendo Bill Clinton - Mandato 3.
Obama deve estar ciente de que, ao costurar uma aliança com os seus inimigos, rompeu a aliança com as bases.
Sessenta e sete por cento dos americanos não têm uma boa opinião sobre a secretária de Estado dos EUA. A mais polêmica colunista Americana, Ann Coulter, diz “ele (Bill Clinton) é um pervertido sexual e Hillary uma criminosa”. O chefe do New York Post em Washington (D.C), Charles Hurt, tem uma definição mais grotesca e engraçada “Clyde e Bonnie”.
Quando parecia que a esquerda afinal elegera um candidato, trombadinhas de DC decidiram surrupiar-lhe Obama para entregá-lo ao corrupto esquema dos democratas.
É possível que os mentores dessa manobra nela enxerguem uma estratégia para fazer Obama tomar posse sem que os atuais caciques da capital Americana se dêem conta de que vem ali um político de esquerda.
Se truques desse calibre dessem resultado, talvez fosse melhor pintar a pele do novo presidente, conferindo-lhe as feições de algum “white trash”. Ou, então, modificar o seu nome. Por que não chamá-lo, por exemplo, de Bill Obama? Alterado o prenome, ele teria ao menos um ponto em comum com o ex presidente Clinton e poderia tentar se ajustar melhor nos bastidores corruptos de D.C.
Assim, a crise econômica é, na verdade, uma questão política - e a crise atual provavelmente passará após a posse do novo presidente.
Os primeiros atos do presidente eleito dirão se caminhamos para uma moderna democracia ou se voltamos para a república dos Clintons. Nesta, a lei não vale para todos e, precisamente por isso, a Constituição é um luxo que pode ser perfeitamente disrespeitada. Por que não em troca de uma contribuição financeira?
Desculpe-me brasileiros, mas corrupção não é uma exclusividade da Pátria do Lula.
(*)
Freddy de Freitas, 48 anos, divorciado, é cidadão
americano, nascido no Hospital de Base em Brasília; ex-aluno dos
colégios Marista e Objetivo;
cursou jornalismo na Universidade de
Brasília (UnB) e é colunista titular do Portal Brasil.
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