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R E L I G I Ã O
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THE PRISION BREAK
Por Bruno Aníball Peixoto de Souza, colunista do Portal Brasil

            JESUS entrou na sinagoga no sábado, como sabe fazer um judeu até hoje, pediu o rolo do livro de Isaías, abriu-o no capítulo 61 e leu até a metade do versículo 2, tal como descreve Lucas, em seu evangelho homônimo, capítulo 4, versículos 17 a 22:

“E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler. E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração, A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do SENHOR. E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos. E todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que saíam da sua boca; e diziam: Não é este o filho de José?”

            A profecia prossegue quanto ao seu retorno e reinado sem fim. Mas JESUS se ateve até o ponto exato em que se cumprira o anúncio do ano aceitável do SENHOR, a era da libertação porque o FILHO DO HOMEM veio a livrar os que lhe pertencem do pecado, os que dizem “eu sou de JESUS”, “já não sou eu quem vivo, mas CRISTO vive em mim”, a esses chegou a libertação espiritual que é a liberdade cabal, porque onde está o ESPÍRITO DO SENHOR, ali há liberdade – II Coríntios, capítulo 3, versículo 17:

"Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade."    

            Regimes tiranos infectam o mundo. Todo o ditador culpa terceiros pelas mazelas do seu país e se arvora como libertador. Então a mídia e a oposição se tornam "lacaios" de algum inimigo "imperialista". Segue a cooptação do judiciário, do ministério público, a prisão de jornalistas, a constrição de líderes da oposição, a mordaça, o fim da tripartição dos poderes de Montesquieux, enfim, o fim do constitucionalismo e seus direitos fundamentais na dicção da doutrina de Direito Constitucional.

            Além desse tipo de regime, há aqueles em que mulheres são seres de segunda classe, com clitóris amputado por se lhes negar direito ao prazer, a todo e qualquer prazer e pululam motivos a ensejar revolta pela asfixia da liberdade, cuja faceta política, a liberdade política, é a mais visível. 

            A Palestina no tempo de JESUS era o barril de pólvora do Império Romano, pois os judeus transpiravam o chamamento à liberdade pela promessa de DEUS ao patriarca Abraão. Formavam um povo afeito à liberdade provisionada pelo DEUS da liberdade, o DEUS de Abraão, de Isaque e de Jacó, resgatado com mão forte da casa da servidão egípcia.

            O jugo da monarquia foi uma opção político-judaíca, pois DEUS era o rei de Israel, numa teocracia absoluta, não havia um rei humano. Em omentos de suplício DEUS levantava juízes a libertar Israel. Sanção foi um deles e Samuel o último, que encerrou a fase dos juízes.

            Os israelitas clamaram a DEUS por um rei humano e pressionaram o juiz e profeta Samuel a que o requeresse de DEUS, o qual se entristeceu e disse a Samuel que não eram a ele, Samuel, que rejeitavam, mas sim ao ALTÍSSIMO, o DEUS TODO-PODEROSO. Assim mandou que Samuel lhes notificasse o ônus da monarquia: a melhor terra seria do rei, que escolheria os filhos de Israel para serem servos, que os sujeitaria a trabalhos forçados, que confiscaria seus bens, suas filhas para esposas e servas, fardos estranhos a uma nação vocacionada à liberdade.

            O jugo experimentado por Israel veio por erro na escolha, porque a liberdade proporcionada por DEUS era maior e mais extensa do que vivenciam os povos das atuais democracias, com seus tributos, alistamento militar, voto obrigatório.

            Assim, mesmo sofrendo o jugo por rejeição a DEUS, os judeus se acostumaram à liberdade e depositavam no MESSIAS a esperança da libertação do Estado de Israel, ou seja, da libertação política.

            A formação do Estado de Israel pela mão sobrenatural de DEUS é a prova de que a falta de liberdade espiritual compromete a liberdade social e política. Em verdade, onde há o ESPÍRITO DE DEUS ali há liberdade; quando o ESPÍRITO DE DEUS se vai, a liberdade vai junto.

            Adão e Eva foram os únicos seres humanos livres para escolher entre o bem e o mal. Após a queda o homem só consegue optar pelo mal. Todos pecaram e estão destituídos da glória de DEUS. Não há um sequer que faça bem, incluso o "irrepreensível na ótica humana" como o mestre da lei judaica Nicodemos - João, capítulo 3, versículo 1.

            JESUS disse que o escravo - entenda-se o espiritual - não ficará na casa, e sim o livre, porque quem comete pecado é escravo do pecado.

            Noutro giro, a liberdade espiritual rompe cadeias físicas. Se a liberdade política de Israel adernou pelo pecado da nação, pela escravidão espiritual, a liberdade em JESUS desafia as leis jurídicas, físicas e psíquicas.

            JESUS veio libertar o homem do pecado. Se o FILHO libertar, dizem as Escrituras, verdadeiramente será livre, porque a liberdade política, psíquica e social é estéril sem a liberdade espiritual. O Direito trabalha com o “damage control”, o controle do dano uma vez se trata de algo inevitável. Daí o paradoxo de que o Direito se realiza quando violado, a saber, se não houvera a transgressão não haveria a lei jurídica.    

            Israel rejeitou o MESSIAS porque queria que JESUS fosse um libertador político, conforme a liberdade política que recebera e dissipara por seu pecado. Isso era tão arraigado no judeu que após a ressurreição de JESUS seus discípulos lhe questionaram quando seria restaurado o reino de Israel, a saber, a liberdade política, ao que lhes redargüiu que isso estava reservado tão somente ao PAI – Atos, capítulo 1, versículos 6 e 7:

“Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel? E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.”

            Nesse cariz, dois homens, Paulo e Silas experimentaram a revolução da liberdade espiritual em JESUS. Foram presos e açoitados, sem julgamento, na cidade de Filipos, onde permaneceram com os pés presos no tronco.

            Contudo perto da meia noite, quando se agudaria o pavor, e as feridas das chibatadas ardiam, Paulo e Silas louvavam a DEUS. No texto abaixo perceba-se que não só as cadeias de Paulo e Silas caíram como a de todos os presos e, a despeito disso, ninguém fugiu do cárcere porque o temor do DEUS de Paulo e Silas se instalara naquele lugar. A liberdade espiritual de Paulo e Silas rompeu as cadeias romanas, alcançou os demais presos e salvou a família do carcereiro para salvação eterna - – Atos, capítulo 16, versículos 16 a 34:

"E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem, que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. Esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo. E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu. E, vendo seus senhores que a esperança do seu lucro estava perdida, prenderam Paulo e Silas, e os levaram à praça, à presença dos magistrados. E, apresentando-os aos magistrados, disseram: Estes homens, sendo judeus, perturbaram a nossa cidade, E nos expõem costumes que não nos é lícito receber nem praticar, visto que somos romanos. E a multidão se levantou unida contra eles, e os magistrados, rasgando-lhes as vestes, mandaram açoitá-los com varas. E, havendo-lhes dado muitos açoites, os lançaram na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança. O qual, tendo recebido tal ordem, os lançou no cárcere interior, e lhes segurou os pés no tronco. E, perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam. E de repente sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram todas as portas, e foram soltas as prisões de todos. E, acordando o carcereiro, e vendo abertas as portas da prisão, tirou a espada, e quis matar-se, cuidando que os presos já tinham fugido. Mas Paulo clamou com grande voz, dizendo: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos. E, pedindo luz, saltou dentro e, todo trêmulo, se prostrou ante Paulo e Silas. E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar? E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa. E lhe pregavam a palavra do Senhor, e a todos os que estavam em sua casa. E, tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes os vergões; e logo foi batizado, ele e todos os seus. E, levando-os à sua casa, lhes pôs a mesa; e, na sua crença em Deus, alegrou-se com toda a sua casa. E, sendo já dia, os magistrados mandaram quadrilheiros, dizendo: Soltai aqueles homens. E o carcereiro anunciou a Paulo estas palavras, dizendo: Os magistrados mandaram que vos soltasse; agora, pois, saí e ide em paz. Mas Paulo replicou: Açoitaram-nos publicamente e, sem sermos condenados, sendo homens romanos, nos lançaram na prisão, e agora encobertamente nos lançam fora? Não será assim; mas venham eles mesmos e tirem-nos para fora. E os quadrilheiros foram dizer aos magistrados estas palavras; e eles temeram, ouvindo que eram romanos. E, vindo, lhes dirigiram súplicas; e, tirando-os para fora, lhes pediram que saíssem da cidade. E, saindo da prisão, entraram em casa de Lídia e, vendo os irmãos, os confortaram, e depois partiram.”

Paz.

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