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STF DEVE ABRIR INQUÉRITO PARA APURAR DENÚNCIAS CONTRA FAMILIARES DO MINISTRO AYRES BRITTO
Por
Severino Motta e Danilo Fariello (*)

O advogado Eri Varela, que representou a coligação do então candidato ao governo do Distrito Federal, Joaquim Roriz (PSC), apresentou uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que o presidente da Corte, Cezar Peluso, abra um inquérito para apurar o episódio que envolve o genro do ministro Ayres Britto, Adriano Borges, e o político de Brasília, que aparecem em vídeo negociando uma possível interferência no julgamento da Ficha Limpa no STF.

No documento, Varela diz que Adriano Borges e sua companheira, a filha do ministro Ayres Britto, Adriele, pretendiam receber R$ 4,5 milhões para que seus nomes fossem subscritos no recurso de Roriz ao STF contra sua impugnação de candidatura baseada na Lei da Ficha Limpa.

Se isso fosse feito, Ayres Britto poderia se dizer impedido de participar do julgamento que, sem proclamação de resultado na semana passada, ficou empatado em cinco a cinco. Como Britto votou contra Roriz, o seu eventual impedimento poderia ter mudado o rumo do caso, gerando uma decisão do STF que talvez viesse a ser favorável ao ex-governador do Distrito Federal.

Na notícia-crime, Varela diz que Roriz foi procurado através de um intermediário não identificado na peça, que teria oferecido, a pedido do genro e da filha do ministro, o trabalho de advocacia que poderia resultar no impedimento de Britto.

Junto ao documento protocolado no STF, Varela anexa os vídeos que foram gravados dentro da residência de Roriz. Após o advogado sugerir honorários na casa dos R$ 4,5 milhões, o ex-governador oferece R$ 1 milhão para que ele somente coloque o nome no processo, mas a proposta é recusada por Borges.

Varela ainda alega que, após o contato do “intermediário”, um dos advogados de Roriz, Eládio Carneiro, se encontrou com Borges, que teria dito que Britto tinha conhecimento do possível serviço advocatício que seria prestado.

Sobre este fatos a notícia-crime não apresenta provas. Traz somente uma troca de e-mails entre Borges e advogados de Roriz, em que o genro de Britto diz que está com equipe montada para iniciar os trabalhos no caso da Ficha Limpa no STF. Ele também envia seus dados e de Adriele para que passem a figurar no processo.

A notícia-crime, por fim, mostra um e-mail da advogada Vera Muller para Borges criticando um comunicado à imprensa em que o casal alega que foi inserido no processo devido a um “equívoco”.

Genro convoca advogados

A assessoria de imprensa de Borges e Adriele afirma que eles já estão cientes da notícia-crime e da investigação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e prepara a formação de um grupo de advogados para defendê-los.

A assessoria de Ayres Britto reiterou, que nunca houve qualquer interferência do magistrado nos serviços advocatícios prestados por seu genro. E informou que ele não dará novas declarações para não alimentar o que chamou de “chicana” criada para atingir sua biografia.

(*) Severino Motta e Danilo Fariello são jornalistas e prepararam a presente reportagem originalmente para o Portal IG.

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