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PARIS - Foto/Crédito: Fernando Toscano (Portal Brasil)Shoppings: Serviços inéditos procuram driblar crise na França
Por Daniela Fernandes (*)

            Os últimos dois anos revelaram aos empreendedores de shoppings centers na França que o modelo tradicional perdeu o fôlego. Ter simplesmente um espaço com lojas, com ou sem um hipermercado, não é mais suficiente para superar a prudência do consumidor em época de crise. O número de visitantes, que havia caído 3,7% em 2009 em relação ao ano anterior, também negativo, continua despencando cerca de 3,5% em 2010.

            O faturamento, de € 112 bilhões em 2009, registrou queda de 2,7% em relação ao ano anterior, segundo o Conselho Nacional dos Centros Comerciais (CNCC), entidade que reúne os 700 empreendimentos do país. Além disso, vários shoppings inaugurados recentemente, sobretudo em periferias, não conseguem decolar. Os atores do setor se movimentam para encontrar soluções anticrise. Descontos nos preços fora do período tradicional de liquidações, que é fixado por lei na França, tem sido uma estratégia amplamente utilizada, como também operações de marketing para fidelizar os clientes .

            Mas essa não é a única arma para driblar a difícil conjuntura e também a concorrência cada vez maior das vendas on-line, que cresceram 26% no ano passado na França. Os shoppings estão apostando em marcas inéditas, lojas com produtos diferenciados e também novos serviços e atividades de lazer, que incluem até aulas de cozinha.

            "Existem hoje obstáculos para que um francês queira sair de carro. Além das questões ambientais, há também o problema dos gastos com combustível. Os shoppings têm de ser atrativos, agradáveis e práticos para que o consumidor tenha vontade de ir até lá para passar algumas horas e não apenas fazer compras", afirma Jean-Michel Silberstein, presidente do CNCC.

            Locais onde as esposas podem deixar os maridos e fazer compras enquanto eles jogam videogames ou utilizam os serviços de barbeiros e engraxates são algumas das novidades. O entretenimento e a cultura vêm ganhando maior peso, com a abertura de cinemas e a realização de exposições com maior prestígio, como a do pintor e escultor americano Alexander Calder, apresentada no Centro Georges Pompidou e depois no shopping Le Cnit, em La Défense.

            Os restaurantes também integram a ofensiva reconquistar a clientela desaparecida. No shopping La Part-Dieu, em Lyon, por exemplo, foi inaugurado no final do ano passado uma lanchonete, a Ouest Express, do chef Paul Bocuse, um dos maiores nomes da gastronomia francesa. Um outro restaurante no La Part-Dieu, shopping com 111,5 mil m2 e faturamento de € 700,5 milhões em 2009, foi decorado pelo célebre designer Philippe Starck.

(*) Daniela Fernandes é jornalista em Paris (França).

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