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MARKETING RENAULT: MOBILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL
Por Marli Olmos (*)

Pode parecer um tanto futurista um curso de mestrado com disciplinas como "controle de energia de veículos elétricos" ou "arquitetura e conceito de veículos elétricos: impacto da transformação automotiva na engenharia tradicional". Mas para jovens engenheiros de diversos países, incluindo brasileiros, isso já é realidade. Eles estão passando por um processo de seleção para o curso "Mobilidade e o veículo elétrico", com bolsa de estudos na França, custeada pela Renault , que está entre as montadoras que mais apostam no automóvel movido a eletricidade.

Os alunos que irão para a França estudar os novos conceitos de mobilidade são, na maioria, de países emergentes, onde a Renault tem fábricas. Além de formar seus futuros engenheiros, a montadora decidiu incluir a questão da mobilidade nas discussões em torno da responsabilidade social. O trabalho inclui pesquisas e ações em diferentes países, em parcerias com universidades locais.

Num cenário onde o carro ainda é visto como vilão, os fabricantes percebem a importância de se envolverem no debate ambiental e da mobilidade. "Se não nos organizarmos daqui a pouco tempo não apenas o consumidor e governos como também os acionistas vão nos perguntar: 'o que vocês estão fazendo a respeito?'", diz Claire Martin, diretora mundial de responsabilidade social da Renault, que anunciará hoje, em São Paulo, a criação do Instituto Renault, uma extensão desse trabalho na filial brasileira.

A seleção dos jovens que irão para a França começou em abril e será concluída em dezembro. Até lá, os engenheiros (de até 35 anos) passarão por entrevistas, que incluem avaliação da aptidão na língua francesa. No Brasil, esse processo seletivo está sendo organizado pela Poli USP. A Renault arcará com os custos, incluindo aulas nas universidades conveniadas em Paris, pesquisa, alojamento e as passagens de avião para a França.

A ideia de estender as bolsas de estudo para as áreas de desenvolvimento de veículos elétricos e mobilidade foi de Carlos Ghosn, presidente mundial da Renault/ Nissan e também do conselho da Fundação Renault, o braço de responsabilidade social da companhia.

Esse trabalho começou em 2001, dois anos depois que a Renault adquiriu o controle da Nissan, período em que o próprio Ghosn foi enviado ao Japão para recuperar a nova parceira. À época, o projeto envolvia apenas estudantes japoneses. Depois que Ghosn teve de aprender a lidar com a diversidade cultural, a Renault decidiu oferecer bolsas para um curso chamado administração multicultural. Com a globalização da companhia, o programa começou a receber jovens de outros países. Desde então, 370 alunos de nove países, incluindo Índia, Coreia, Irã, Marrocos, Rússia e Romênia já passaram pelo programa.

"A preocupação com a mobilidade aumenta num planeta onde metade da população já vive nas áreas urbanas", afirma Claire. Segundo a executiva, a ideia é repetir em outros países a experiência de usar uma cidade como laboratório de soluções de mobilidade, como o projeto que está sendo instalado na região metropolitana de Paris para que a população experimente o carro elétrico temporariamente. "Cada país tem as suas características, que devem ser observadas com a ajuda de agentes locais, como pesquisadores, universidades e até mesmo psicólogos e sociólogos", destaca.

É provável que a executiva, no cargo há dois anos, encontre no mundo relatos que coincidirão com a sua própria rotina. Ela até que gostaria de aproveitar o farto transporte público parisiense para ir para o trabalho. Mas precisa do automóvel para poder deixar os filhos na escola durante o trajeto.

(*) Marli Olimos é jornalista do Valor Econômico, onde esta matéria foi inserida originalmente.
"Título adaptado pelo Portal Brasil".

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