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Dra. DENISE AMARALCOMPREENSÃO E REAÇÃO
Por Denise Amaral (*)

As pessoas precisam se expressar de alguma maneira – colocar para fora aquilo que sentem, aquilo que pensam, sob pena de se transformarem em uma “panela de pressão” prestes a explodir. Ninguém agüenta guardar para si mesmo, o tempo todo, os seus sentimentos, preocupações e angústias, e também as alegrias, descobertas e grandes idéias. Temos todos uma grande necessidade de compartilhar nossas emoções, sejam elas boas ou ruins.

E cada um de nós faz isso de uma forma particular – alguns pintam, outros escrevem, alguns gritam, outros dançam, alguns choram, outros não param de rir. É curioso observar as pessoas e as maneiras com que lidam com as fadas e os demônios que povoam os seus pensamentos.

Entre homens e mulheres, por exemplo, há uma grande diferença; as mulheres adoram falar sobre os seus problemas, e poderiam passar horas discutindo aquilo que as preocupa. Já os homens não gostam de perder tempo – um problema é algo a ser prontamente resolvido, e esquecido. Ponto final.

Quando uma mulher resolve contar ao marido o que aconteceu com ela naquele dia, o que espera é alguém que a ouça, e o que recebe é um “não enrola – diga logo o que aconteceu!” (ou algo nessa linha...) e ao mesmo tempo em que tenta pular todas as fases que para ela são essenciais para a compreensão total da situação, a mente do marido já vai construindo um “plano” para solucionar a situação que incomoda a sua esposa.

O resultado é uma frustração dupla, pois muitas vezes a mulher não quer uma solução, ela deseja somente colocar para fora aquilo que ficou em ebulição dentro dela durante todo o dia, incomodando muito e atrapalhando o seu raciocínio, o seu trabalho, até mesmo o controle de suas emoções. E o marido, coitado, sente que ouvir não basta – e se ressente pelo fato de não poder agir e fazer com que sua esposa recupere a paz de forma definitiva.

Já os adolescentes precisam de muito espaço – pois há um universo paralelo dentro de suas mentes, onde acontecem guerras, distúrbios, destruições arrasadoras, paixões estonteantes, amores eternos, revoltas gigantescas, tudo em meio a dúvidas cruéis e idéias mirabolantes. Por maior que seja a mente de um jovem, sua criatividade e sua sensibilidade superam todo o tempo e todo o espaço disponível. Já imaginou ter a vida toda à sua frente, e tantas possibilidades á sua disposição?

E quando tentam se expressar, é comum que se deparem com uma grande resistência por parte de seus pais, que simplesmente não conseguem absorver todas as nuances desta geração do digital e do imediato.

Cada um do seu jeito, o certo é que todos temos que nos expressar de alguma forma, para que o mundo siga sendo uma rede humana de integração e criatividade, e para que a humanidade siga crescendo, descobrindo caminhos, encontrando respostas, e se aprimorando. Guardar mágoas e rancores é como destilar um veneno secreto que vai nos matando aos poucos. Guardar preocupações e frustrações é como ir enchendo um balão dentro do peito que um dia vai acabar explodindo sem qualquer chance de recuperação ou retorno.

Às vezes as pessoas gritam - e temos que compreender que não gritam conosco, apenas estão abrindo sua “válvula de escape”, para que a pressão diminua e possam continuar caminhando.

Às vezes as pessoas choram – e temos que saber que não é exatamente depressão ou angústia, apenas estão “limpando a casa” para abrir espaço a novas emoções, novas alegrias e novos prazeres.

Às vezes as pessoas se calam – e temos que saber que não é desespero ou fuga, apenas estão analisando cuidadosamente um número infinito de possibilidades, para que possam escolher o caminho que leva à sua realização pessoal e à sua felicidade.

Compreender e esperar – mais do que se armar e reagir – é a melhor maneira de lidar com as pessoas e suas idiossincrasias. Quando olhamos para alguém como sendo “outro” e não um reflexo de nós mesmos, conseguimos analisar suas atitudes e suas reações de forma mais clara e mais justa. Fica mais fácil a convivência, e bem mais leves os relacionamentos.

(*) Denise Rodrigues do Amaral é escritora, advogada e pós-graduada em Teoria da Comunicação, especialista em comunicação e produtividade.
É autora do livro "Crianças podem voar", publicado pela Editora Internacional e possui mais de 400 editoriais publicados na área de relacionamento no trabalho.

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