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Dra. DENISE AMARALUM ANO DE DESCOBERTAS
Por Denise Amaral (*)

Cada um de nós está neste mundo por uma razão especial. Precisamos de gente que resolva problemas, de pessoas que nos façam rir, de outras que tenham boas idéias, precisamos de médicos e enfermeiros, garçons e cozinheiros, escritores e cineastas, atores e pintores, pedreiros e professores, atletas e contadores. Precisamos de pessoas capazes de idealizar e estruturar mega-obras de engenharia, precisamos de pesquisadores que descubram a cura de doenças, precisamos de cabeleireiros e maquiadores que nos deixem mais bonitas, de músicos que levantem o nosso ânimo, de soldados e policiais que cuidem de nossa proteção e garantam nossa segurança, de pessoas que mantenham limpas as nossas casas e as nossas ruas... A lista é infinita, e não poderíamos montá-la por ordem de importância.

Porque não há neste mundo atividade que seja mais ou menos importante – cada uma delas é essencial para que o mundo e nossas vidas encontrem seu ponto de equilíbrio. O que acontece é que, a cada momento, temos diferentes prioridades – enquanto estamos trabalhando, queremos que todos os sistemas necessários funcionem perfeitamente. Quando estamos doentes, queremos um médico competente e atencioso, aparelhos de diagnóstico que funcionem perfeitamente e pessoas aptas a operá-los, remédios eficazes e disponíveis. Quando a ocasião é uma celebração, queremos boa música, decoração agradável, iluminação perfeita, comida bem feita e roupas bonitas.

Enfim, a vida é uma rede intrincada de dons e talentos, que se entrelaçam para suprir necessidades e realizar desejos.

E descobrir a razão especial pela qual cada um de nós está neste mundo é o nosso grande desafio. Alguns descobrem desde muito cedo quais são os seus talentos especiais, e assumem seu papel na história com determinação e autoridade. Outras já não têm esse privilégio, e precisam cavar bem fundo para encontrar seus dons e descobrir seus verdadeiros talentos – uma jornada que pode ser longa, árdua e repleta de interpretações erradas.

Alguns passam a vida saltando de curso em curso, de carreira em carreira, de emprego em emprego, até que um dia descobrem uma posição que os faz realmente felizes e satisfeitos. Pode demorar, mas acabam encontrando. Porque ninguém consegue se estabilizar em uma situação que não o realiza plenamente.

Mas quando descobrimos qual é o nosso papel no mundo, sentimos a alegria que só vem de um trabalho bem feito. E um trabalho, para ser realmente “bem feito”, tem que satisfazer tanto aquele que o fez quanto aqueles que se beneficiam dele. É fácil identificar o trabalho realizado por amor – o amor pelos outros.

Veja um bom confeiteiro, por exemplo. Ele faz um bolo maravilhoso – tanto bonito quanto gostoso – e o faz tendo em mente a satisfação de outras pessoas (que na verdade ele nem conhece). Um bom estilista busca modelos que agradem ao seu gosto pessoal, mas que sejam capazes de valorizar pessoas (que ele também não conhece) e fazer com que se sintam mais, seguras, confiantes e bonitas. Um bom advogado elabora peças complexas, bem estruturadas e bem fundamentadas, não para ser elogiado e reconhecido, mas para resolver de forma competente e eficiente o problema de seu cliente.  Um bom médico não se especializa cada vez mais para alimentar seu ego e aumentar o seu orgulho, mas para ser cada vez mais capaz de amenizar sofrimentos e salvar vidas.

Quando buscamos nosso lugar no mundo – para aqueles que estão ainda atormentados pela dúvida – não devemos perguntar “o que é que eu gosto, o que é que me faz feliz?” e sim “o que eu sei fazer que pode trazer algum benefício ao mundo?”

Pois a partir do momento em que vemos o resultado de nosso trabalho fazendo algum tipo de bem, experimentamos uma inigualável sensação de realização e felicidade. Uma sensação boa o suficiente para nos incentivar a permanecer naquele caminho, e a melhorar nossa técnica tanto quanto possível.

O trabalho bem feito é um prazer que vicia.

Atividades escusas podem trazer benefícios imediatos, mas eles se baseiam no mal e não no bem, e, portanto, não trazem a verdadeira felicidade. Ao contrário, trazem consigo uma bagagem muito pesada, que mais cedo ou mais tarde colocará a perder qualquer falsa impressão de realização pessoal. Há várias histórias sobre pessoas que cometeram crimes e acabaram se entregando por não conseguirem conviver com a culpa, por não suportarem a sensação de que seriam descobertos a qualquer momento, ou por não agüentarem mais uma vida em fuga permanente. A felicidade e a paz andam juntas.

Nosso objetivo deve ser descobrir aquilo que sabemos fazer muito bem, e como esse talento pode ajudar outras pessoas – assim estaremos identificando o caminho que devemos seguir – o caminho que nos levará à realização que buscamos, aos bens que desejamos, à felicidade com a qual todos nós sempre sonhamos.

A cada ano, novas portas se abrem, novas oportunidades para novas descobertas. Gosto de imaginar cada novo ano como um presente, uma caixa de surpresas, que pode estar trazendo aquilo que sempre esperamos! E com o coração repleto de esperança, vamos vivendo, com fé e alegria, cada um dos novos dias.

(*) Denise Rodrigues do Amaral é escritora, advogada e pós-graduada em Teoria da Comunicação, especialista em comunicação e produtividade.
É autora do livro "Crianças podem voar", publicado pela Editora Internacional e possui mais de 400 editoriais publicados na área de relacionamento no trabalho.

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