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M O T I V A Ç Ã O   &   E M P R E E N D E D O R I S M O
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Dra. DENISE AMARALA CULTURA DA COMPETÊNCIA
Por Denise Amaral (*)

Uma pessoa competente é aquela que tem conhecimentos profundos sobre um determinado assunto, o que a torna capacitada para realizar de maneira correta e satisfatória o seu trabalho. Alguém qualificado para fazer aquilo que se propõe a fazer.

E estas pessoas parecem fazer parte de uma espécie em extinção. Tanto que quando nos deparamos com alguma delas ficamos boquiabertos, admirados, absolutamente fascinados pela qualidade do trabalho que nos oferecem. E sentimos uma grande satisfação em poder contar com o resultado cuidadoso de uma tarefa bem elaborada e bem apresentada.

O que chama nossa atenção, no entanto, deveria ser o normal, o absolutamente corriqueiro. Diante de tantas escolas, tantas faculdades, e levando em consideração o alcance às informações que a tecnologia coloca à disposição de todos, é realmente inacreditável que o número de pessoas competentes em sua área de atuação seja tão pequeno.

O que nos leva a pensar que não é a falta de recursos que impede alguém de alcançar a excelência, e sim a falta de vontade, a falta de esforço, a falta de dedicação. Poder, todos podem – mas poucos são aqueles que estão realmente dispostos a dar o máximo de si em seu trabalho.

Talvez porque estejamos cercados de informações negativas, mostrando que os bons resultados nem sempre vêm do trabalho dedicado, mas da trama bem engendrada. Que a inteligência pode levar à criação de modelos magníficos, mas a “esperteza” parece dar frutos mais suculentos e mais rápidos.

A energia está em toda parte, e pode ser utilizada de forma boa ou ruim. Assim como as drogas, que podem ser empregadas tanto para salvar vidas como para criar monstros. Ou a informação, que pode ser usada para o desenvolvimento ou para a destruição.

O que nas mãos de uns é varinha de condão, nas mãos de outros vira arma perigosa.

Não importa o que o mundo coloca à disposição de nossa capacidade e de nossa vontade, mas sim o que decidimos fazer com tudo isso. Como decidimos usar as oportunidades que temos, os conhecimentos que adquirimos, os dons e os talentos que recebemos. Bons pensamentos são sementes boas que plantamos ao longo de nossa existência, e colhemos de acordo – nós, e as gerações que nos sucederem. Também o mal assim se alastra, e alcança muito além de nós mesmos.

Cada uma de nossas decisões, seja ela boa ou ruim, vai deixar rastros. Nossos exemplos inspiram, ensinam e levam outras pessoas a fazer o mesmo. Ou mesmo a aprofundar aquilo que começamos.  Uma pequena fenda na estrutura, que pode parecer inofensiva – mas cuja correção pode macular nosso prestígio, ou mesmo colocar em risco nossa posição profissional – pode vir a tornar-se um rombo de proporções catastróficas, capaz de gerar desastres que prejudicam a vida de inúmeras pessoas.

Quanta responsabilidade! E o que é pior, quantas pessoas não estão nem um pouco preocupadas com ela, ocupadas que estão em resolver seus próprios problemas, em polir o seu orgulho, em satisfazer sua própria ganância sem fim.

A sociedade precisa crescer – e crescer não significa aumentar de tamanho, mas aumentar sua capacidade de gerar qualidade de vida, de gerar recursos e oportunidades para todos. Crescer em competência e justiça, para fazer o melhor possível, e garantir a cada um aquilo que por direito é seu.

Devemos ensinar nossos jovens a olhar em volta, perceber o que acontece ao seu redor, de forma crítica e construtiva, para que busquem, dentro de si mesmos, alternativas positivas. Se for difícil corrigir, então vamos inovar! Se a casa está deteriorada demais para ser reformada, ao invés de deixarmos que a podridão se prolifere e ponha a perder também a privilegiada situação do terreno, talvez seja melhor por abaixo, limpar tudo, e construir algo novo, moderno, mais bonito e eficiente, com todos os recursos disponíveis para uma vida mais limpa, alegre e eficiente.

Quando olho para os meus filhos, vejo em seus olhos o brilho de seus ideais, e sei que podem emprestar esse mesmo brilho a tudo o que realizarem no futuro. Podemos ver muitas manchas escuras ao nosso redor, mas em contrapartida, há muita luz em cada um de nossos jovens – e devemos ensiná-los, desde muito cedo, a manter esta luz acesa e forte, para que o futuro seja inundado por ela, e afugente aqueles que só sabem agir às escuras, e que são a chaga de toda sociedade.

É preciso educar para o bem. Educar para o certo. Despertar nos jovens a capacidade de diferenciar entre o grotesco e o corriqueiro, a separar o que é liberdade de expressão do que é escárnio, o que é bom humor do que é deboche e desrespeito. A compreender a diferença que existe entre o normal e o vulgar, entre o que é simplesmente comum e o que já passa a ser mau gosto. É preciso ensinar que as informações que recebemos não podem ser automaticamente absorvidas como corretas – devem ser criticadas e analisadas. Muitas devem ser descartadas, algumas delas corrigidas, poucas realmente aproveitadas. E mesmo estas devem ser melhoradas. Um mundo melhor não pode ser apenas um sonho abstrato – algo que esperamos que aconteça espontaneamente. Deve ser um objetivo claro e concreto, para o qual precisamos trabalhar muito, usando todas as ferramentas, todos os recursos ao nosso alcance – todas as boas sementes disponíveis. Um futuro melhor nada mais é do que uma boa colheita!

(*) Denise Rodrigues do Amaral é escritora, advogada e pós-graduada em Teoria da Comunicação, especialista em comunicação e produtividade.
É autora do livro "Crianças podem voar", publicado pela Editora Internacional e possui mais de 400 editoriais publicados na área de relacionamento no trabalho.

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