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O A C H I N G
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/ N O V E M B R O
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Fênix verde
amarela
Por Denise Amaral (*)
Um pássaro forte, capaz de carregar cargas pesadíssimas, e quando morre, renasce das próprias cinzas. Pode ser uma figura mitológica grega, mas de muitas formas reflete aquilo que somos.
Não importa o tamanho da provação, somos capazes de supera-la. Por mais pesada que seja a carga que a realidade nos entrega, podemos suportar. E por pior que pareça a situação que enfrentamos, de alguma forma sobrevivemos – e o que é mais impressionante, somos capazes de nos reinventar.
É parte da história de cada um de nós um evento marcante, um momento particularmente difícil, do qual saímos mais fortes, mais sábios, mais preparados. São aquelas fases que exigem de nós a energia, a criatividade e a fé que tínhamos no fundo de nós mesmos, e nem nos dávamos conta. Aqueles momentos que nos obrigam a procurar tesouros nos baús de nosso sótão interior, e nos presenteiam com surpresas inimagináveis.
Essas situações podem ser particulares ou podem ser abrangentes. Um raio que atinge exatamente a sua casa, ou um tsunami que devasta uma área assustadoramente grande. Pode ser um desafio pequeno, ou uma tragédia de grandes proporções. Não importa – a Fênix renasce de suas próprias cinzas.
Um poder que é dado a cada um de nós para que consigamos lidar com aquilo que está além de nosso alcance. Não importa a força com que nos atinja, nossa força interior continua sendo maior e mais poderosa.
Por isso somos capazes de nos recuperar dos efeitos de
crises, de depressões, de corrupções, de acidentes... Tudo isso é externo,
enquanto nosso poder é interno e preservado, sujeito apenas a nossa vontade.
As pessoas que sabem como utilizar esse poder não apenas sobrevivem como
conseguem transformar dificuldades em oportunidades. Adaptam-se a qualquer
realidade, e identificam nichos de crescimento no meio do caos.
Todos nós podemos ser assim, pois todos temos tesouros
guardados no sótão. O que diferencia uns dos outros é que alguns não
acreditam ter tal poder, e nem pensam em utiliza-lo. Veem a si mesmos como
vítimas impotentes e se entregam passivamente à vontade do opressor, pois o
enxergam como um gigante invencível, mesmo que ele nem seja tão grande
assim. Outros sabem que em algum lugar de seu sótão empoeirado existe uma
resposta, mas lhes falta a vontade de procurar. Dá trabalho, leva tempo,
exige um esforço que não estão dispostos a fazer, uma energia que não querem
gastar. Preferem guardá-la e economiza-la para enfrentar os tempos difíceis.
Preferem abraçar a corrosão pessoal enquanto esperam que o resgate chegue de
fora. Outros não se intimidam. Não perdem tempo e nem esperam ajuda – partem
em busca dos instrumentos que sabem ter, remexem, vasculham, e se armam de
recursos poderosos para lutar e vencer. Não admira que sejam bem sucedidos!
Não somos um reflexo do tempo, da crise, do governo. Somos um
reflexo de nosso interior. Vivemos aquilo em que acreditamos. Aquilo que
experimentamos é a manifestação física daquilo que pensamos. A mesma chuva
pode ser uma bênção para alguns, e desastre para outros. O mesmo sol que
agrada a uns atrapalha a outros. A mesma temperatura que para uns é
confortável, para outros é insuportável. O que muda não são as condições
externas – o que muda somos nós!
Podemos nos tornar vítimas miseráveis de uma situação, ou
podemos transformá-la em nossa grande oportunidade. Podemos esperar
indefinidamente que apareça uma solução para os nossos problemas ou podemos
enxergar nossos problemas como a solução para mudanças importantes e
benéficas em nossa vida que, de outra forma, deixariam de acontecer.
As cinzas podem representar tanto o fim como o começo. O
esquecimento ou a reinvenção. Morte ou modernidade.
Por mais que pareça que tudo já foi criado, que não há mais o
que inventar, não há mais espaço para crescer, surge alguém com uma ideia
brilhante e revolucionária! A vida é uma fonte infinita de possibilidades, e
enquanto houver vida em nós, somos, sim, capazes de renascer das cinzas e
conquistar as alturas. Inventar, criar, e melhorar até mesmo o que já parece
perfeito. E por mais devastadora que pareça a situação, estaremos acima
dela, e encontraremos lugares novos onde pousar, onde viver a vida que
queremos com o equilíbrio e os benefícios que merecemos. E felicidade, do
jeito exato que a imaginamos.
(*) Denise Rodrigues do Amaral
é escritora, advogada e pós-graduada em Teoria da Comunicação, especialista
em comunicação e produtividade e membro da CCF – Certified Coaches
Federation.
A PROPRIEDADE INTELECTUAL É DA
COLUNISTA
É autora dos livros "Crianças podem voar", “Perfil de sucesso”, “Sounds like
success” (English edition), “Essas mulheres incríveis e suas histórias
maravilhosas”, e possui mais de 500 artigos publicados sobre alcançar o
sucesso.
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