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Estados Brasileiros
E S P Í R I T O
S A N T O
GEOGRAFIA – Área:
46.098,57 km2. Relevo: baixada litorânea (40% do território) e serras
(interior). Ponto mais elevado: pico da Bandeira, na serra do Caparaó
(2.889,8 m). Rios principais: Doce, São Mateus, Itaúnas, Itapemirim,
Jucu. Vegetação: floresta tropical, vegetação litorânea. Clima:
tropical. Municípios mais populosos: Vila Velha (414.586), Serra
(409.267), Cariacica
(348.738), Vitória (327.801), Cachoeiro de Itapemirim
(189.889), Linhares (141.306), Colatina (111.788), São Mateus (109.028), Guarapari (105.286), Aracruz (81.832)
- 2010. Hora local: a mesma. Habitante:
capixaba.
POPULAÇÃO – 3.514.952 (2010). Densidade: 76,24 hab./km2 (2010).
Cresc. dem.: 2% ao ano (1991-2006). Pop. urb.: 82,0% (2004). Domicílios:
1.006.899 (2005); carência habitacional: 99.098 (2006). Acesso à
água: 84,4% (2005); acesso à rede de esgoto: 75,7% (2005). IDH:
0,802 (2008).
SAÚDE – Mortalidade infantil: 18,3 por mil nascimentos (2008). Médicos: 15,7 por 10
mil hab. (2005). Estabelecimentos de saúde: 2.219 (2009). Leitos hospitalares.:
457,4 por habitante (2009).
EDUCAÇÃO – Ensino pré-escolar: 96.006 matrículas (87,83% na rede pública).
Ensino fundamental: 545.546 matrículas (88,64% na rede pública). Ensino
médio: 133.733 matrículas (86,14% na rede pública) - dados de 2009. Ensino
superior: 80.231 matrículas (17,5% na rede pública - 2004). Analfabetismo:
8,8% (2008); analfabetismo funcional: 21,0% (2004).
GOVERNO – Governador: Renato Casagrande (PSB). Senadores: 3.
Dep. federais: 10. Dep. estaduais: 30. Eleitores:
2.336.133 (1,9% do eleitorado brasileiro - 2006). Sede do governo:
Praça João Clímaco, s/nº, Cidade Alta, Vitória. Tel. (27) 3321-3600. Site do
governo: www.es.gov.br.
ECONOMIA – Participação no PIB nacional: 2,0% (2004). Composição
do PIB: agropec.: 5,0%; ind.: 44,0%; serv.: 51,0% - 2004. PIB
per capita: R$ 18.003 (2010). Export. (US$ 5,6 bilhões): manufaturas de
ferro e aço (35,8%), minério de ferro (25,2%), papel e celulose (17,6%), café em grão
ou solúvel (7,7%), granitos (6,5%). Import. (US$ 4,0 bilhões): veículos
(10,2%), bens de informática (9,9%), carvão para siderurgia (8,4%), cobre manufaturado (4%),
leite e derivados (4%), miscelânea - diversos (35,6%) - 2005. Agências bancárias:
402 (2010). Depósitos em cadernetas de poupança: R$ 6.496,1 milhões (2010).
ENERGIA ELÉTRICA – Geração: 4.620 GWh; consumo: 5.563 GWh
- 2004.
TELECOMUNICAÇÕES – Telefonia fixa: 793,5 mil linhas
(maio/2006); celulares:
1,5 milhões (abril/2006).
CAPITAL – Vitória. Habitante: vitoriense. Pop.:
317.085
(2006). Automóveis no estado: 747.997 (2010). Jornais diários: 3
(2006). Prefeito: João Carlos
Coser (PT). Nº de vereadores: 11 (2012). Data de fundação:
08/09/1551.
Distância de Brasília: 1.279 km. Site da prefeitura:
www.vitoria.es.gov.br.
Fatos históricos:
Criada em 1534, a capitania do Espírito Santo começa a ser ocupada no ano
seguinte. Seu donatário, Vasco Fernandes Coutinho, logo constrói os primeiros engenhos,
transformando a produção e a exportação de açúcar na principal atividade econômica
da capitania. A vida nos engenhos e povoados, no entanto, sofre com a constante presença
de corsários franceses e com a hostilidade dos índios goitacás e aimorés. Para
resistir melhor aos ataques, a sede da capitania, Vila Velha, é abandonada e uma nova é
construída na ilha de Santo Antônio com o nome de Vila Nova, atual Vitória. Com a
chegada dos padres jesuítas em 1587, liderados por José de Anchieta, diminuem os
problemas com os nativos. A luta contra os franceses, no entanto, estende-se até o Rio de
Janeiro. Nos séculos XVII e XVIII, a capitania vive um período de estagnação com o
declínio da economia canavieira decorrente das invasões holandesas. O crescimento da
mineração de ouro e diamante em Minas Gerais também contribui para essa paralisação.
Para proteger as minas da invasão estrangeira pelo litoral do Espírito Santo, as
entradas que partiam da capitania para o interior são proibidas.
Expansão cafeeira - O Espírito Santo só
começa a se recuperar durante o império, com a lavoura cafeeira e a imigração
europeia. Portugueses, italianos, alemães, holandeses e suíços instalam-se nas
colônias e nas vilas do interior. O café se estende pelo litoral e pela região serrana,
do sul para o norte, onde disputa espaço com o cacau vindo da Bahia. No início da
República, chega a representar mais de 90% da receita do estado e possibilita
investimentos em infraestrutura, como estradas de ferro, pontes metálicas e serviços
urbanos na capital e nas principais cidades. Nessa época, o Porto de Vitória torna-se um
dos mais importantes do Brasil. Depois da crise dos anos 30, quando o excesso de oferta
derruba o preço do produto, o café continua a desempenhar importante papel na
agricultura, ao lado da cana-de-açúcar.
Com a economia baseada
na exportação de produtos agrícolas até meados da década de 60, o Espírito Santo se
beneficia, a partir dos anos 70, da instalação de grandes projetos industriais voltados
para a exportação, como as empresas estatais Companhia Vale do Rio Doce e Companhia
Siderúrgica de Tubarão. Paralelamente, a agricultura se mantém como uma atividade
importante na economia estadual. Essa combinação permite um rápido crescimento
econômico do estado, o que aumenta sua participação no PIB brasileiro a partir da
década de 70.
O Espírito Santo apresenta paisagens litorâneas de transição entre os trechos
recortados por serras e morros do sul e do sudeste e o litoral plano, com dunas e
palmeiras, do Nordeste do país. Sua capital fica em uma ilha costeira; nas proximidades,
está Guarapari, conhecida pelas praias de areia monazítica. No extremo norte
localiza-se Itaúnas, no município de Conceição da Barra, famosa pelas dunas de areia,
que alcançam 30 m de altura. É na faixa litorânea que se concentram os descendentes dos
primeiros colonizadores e sua culinária típica, como a moqueca capixaba feita com a
tintura de urucum, de origem indígena. Nas serras predominam os descendentes de
imigrantes alemães, suíços, holandeses e açorianos. O pico da Bandeira, o terceiro
ponto mais alto do relevo brasileiro, localiza-se na serra do Caparaó, na divisa com
Minas Gerais.
O estado abriga alguns
dos principais portos do país, como Vitória, Tubarão e Capuaba. O intenso movimento
portuário coloca o Espírito Santo entre os cinco primeiros estados exportadores do
país. Além de produtos do estado, como minério de ferro, placas de aço, granito e
café, são escoados veículos e aço, de Minas Gerais e produtos agrícolas do
Centro-Oeste. Somente o complexo portuário da Ponta de Tubarão é responsável por 25%
da carga marítima do país. A abertura do mercado brasileiro às importações, no
início dos anos 90, foi o motor desse desenvolvimento, alimentado por uma política de
incentivos financeiros e por tarifas competitivas. No primeiro semestre de 2000, Vitória,
com um porto bem equipado e custos competitivos, passa a ser a principal porta de entrada
de veículos no mercado brasileiro e sede de grandes empresas de comércio exterior.
Café e frutas - Cerca
de 90% das propriedades rurais possuem até 100 ha e constituem outra importante fonte de
renda. O destaque são as lavouras de café, que produzem 20% do total nacional. A
cafeicultura gera 500 mil empregos e uma renda anual de 500 milhões de dólares.
Desde 1999
há aumento na produção, com a obtenção de matrizes de uma nova
variedade de grãos, mais resistente à seca, ideal para as lavouras do norte capixaba,
região que sofre os reflexos da estiagem nordestina.
Nas duas
últimas décadas, o Espírito Santo adquire importância na produção e
comercialização de frutas de climas tropical e temperado. O trabalho na
fruticultura, no norte, ajuda a conter o êxodo rural. Nas áreas litorâneas,
plantam-se banana, abacaxi, mamão, maracujá, limão, enquanto nas montanhas são
cultivados morango e uva.
Fraca industrialização -
Um setor em
desenvolvimento é o das indústrias de móveis, papel e celulose, como consequência da
boa adaptação do eucalipto plantado ao norte, à beira-mar. No centro-sul ganham força
a indústria de transformação (produtos químicos, siderúrgicos, cimento e celulose) e
a de bens de consumo (calçados, alimentos e bebidas). Ainda assim, um dos maiores
obstáculos para a expansão da atividade industrial é a falta de energia, pois o
Espírito Santo gera apenas 18% do total que consome e depende do fornecimento das usinas
de Furnas e Itaipu. A costa capixaba tem oito áreas abertas à exploração do petróleo,
mas a produção é pequena: apenas 1% do total produzido diariamente no país. O estado
lidera a extração nacional de mármore e granito ornamentais, com o que arrecada
acima de 1 bilhão de dólares por ano. Cachoeiro do Itapemirim, no sul, e Nova Venécia, no
norte, são as principais regiões produtoras. O Espírito Santo é responsável por 39%
das exportações brasileiras de rochas ornamentais e por 50% de placas de mármore
beneficiadas, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Segundo dados do IBGE, a produção industrial cresce 9% na última década, um dos melhores
desempenhos do país, no setor.
População - Dos
3,5 milhões de habitantes,
42% concentram-se na capital e nos municípios metropolitanos: Vila Velha, Serra, Cariacica e Viana. Os capixabas convivem com os mais baixos índices sociais do Sudeste,
superiores, no entanto, à maior parte do país. O Espírito santo possui a 4ª
maior renda per capita do país e IDH elevado, não obstante ser o segundo estado
mais violento do país (somente atrás de Alagoas). O Espírito Santo possui orla
atraente e cidades como Guarapari, Anchieta, Piúma, Jacareípe, Vilha Vilha,
Vitória e Marataízes são atrações. Há de se destacar o Pontal do Ipiranga, a
42km de Linhares, cidade criada na gestão do então Prefeito Luís Cândido Durão
(PDT), que possui uma interessante estrutura apesar de relativamente nova (menos
de 20 anos).
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