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Estados Brasileiros
M I N A S G
E R A I S
Curiosidade: A origem do "UAI" ==>
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Poema
em homenagem a Minas Gerais ==> Clique
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Reportagem completa sobre Belo Horizonte ===>
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"Ser mineiro" - apresentação especial ==>
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GEOGRAFIA – Área:
586.520,36 km2. Relevo: planaltos com escarpas e depressão no centro. Ponto
mais elevado: pico da Bandeira, na serra do Caparaó (2.889,80 m). Rios
principais: São Francisco, Jequitinhonha, Doce, Grande, Paranaíba, Mucuri,
Pardo. Vegetação: floresta tropical, a maior parte com faixa de cerrado
a nordeste. Clima: tropical. Municípios mais populosos: Belo
Horizonte (2.375.151), Uberlândia (604.013), Contagem (603.442), Juiz de Fora
(516.247), Betim (378.089), Montes Claros (361.915), Ribeirão das Neves
(296.317), Uberaba (295.988),
Governador Valadares (263.689), Ipatinga
(239.468), Sete Lagoas (214.152), Divinópolis (213.016), Santa Luzia (202.942),
Ibirité (158.954), Poços de Caldas (152.435), Patos de Minas (138.710), Teófilo
Otoni (134.745), Pouso Alegre (130.615), Barbacena (126.284), Sabará (126.269),
Varginha (123.081), Conselheiro Lafaiete (116.512), Araguari (109.801), Itabira
(109.783), Passos (106.290), Vespasiano (104.527), Coronel Fabriciano (103.694),
Ubá (101.519), Muriaé (100.765), Ituiutaba (97.171), Araxá (93.672) e Lavras
(92.200) - 2010. Hora local: a mesma. Habitante: mineiro.
POPULAÇÃO – 19.597.330 (2010). Densidade: 33,41 hab./km2
(2010). Cresc. dem.: 1,4% ao ano (1991-2006). Pop. urb.: 84,9%
(2004). Domicílios: 5.625.676 (2005); carência habitacional:
640.559 (2006). Acesso à água: 86,6% (2005; acesso à rede de esgoto:
74,8% (2005). IDH: 0,800 (2008).
SAÚDE – Mortalidade infantil: 19,7 por mil nascimentos (2008). Médicos: 15,1 por
10 mil hab. (2005). Estabelecimentos de saúde: 12.460 (2009). Leitos hospitalares.:
445,2 por habitante (2009).
EDUCAÇÃO – Ensino pré-escolar: 414.040 matrículas (74,64% na rede
pública). Ensino fundamental: 3.120.335 matrículas (91,41% na rede pública).
Ensino médio: 824.798 matrículas (89,32% na rede pública) - dados de
2009.
Ensino superior: 420.955 matrículas (21,7% na rede pública - 2005). Analfabetismo:
8,9% (2008); analfabetismo funcional: 23,6% (2004).
GOVERNO – Governador: Antônio Anastasia (PSDB). Senadores: 3.
Dep. federais: 53. Dep. estaduais: 77. Eleitores:
13.679.738 (10,9% do eleitorado brasileiro - 2006). Sede do governo:
Palácio da Liberdade - Praça da Liberdade, s/nº, Funcionários, Belo
Horizonte. Tel. (31) 3250-6011. Site do governo:
www.mg.gov.br.
ECONOMIA – Participação no PIB nacional: 9,4% (2004). Composição do PIB: agropec.:
8,8%; ind.: 44,1%; serv.:
47,1% (2004). PIB per capita: R$ 14.519 (2010). Export.
(US$ 13,5 bilhões): minério de ferro (26,1%), produtos siderúrgicos e ferroligas (20,9%), café
em grão e solúvel (12,8%), metais não-ferrosos (7,2%), outros produtos
agropecuários (6,2%), veículos e peças (5,9%), celulose (4%). Import. (US$ 3,9
bilhões): veículos e peças (20,2%), metais não-ferrosos (15,7%), carvão (12,1%), máquinas e
equipamentos (8,9%),
fertilizantes (4,7%), petroquímicos (3,7%), miscelânea (32,6%) - 2005. Maior
estado exportador de ovos (40,09% do total nacional - 2013, FAO, Cecex, ABPA). Agências bancárias:
1.961 (2010). Depósitos em cadernetas de poupança: R$ 38.137,0 milhões (2010).
ENERGIA ELÉTRICA – Geração: 47.659 GWh; consumo:
32.604 GWh (2004).
TELECOMUNICAÇÕES – Telefonia fixa: 4,2 milhões (maio/2006);
celulares: 9,5 milhões (abril/2006).
CAPITAL – Belo Horizonte. Habitante: belo-horizontino. Pop.:
2.375.151 (2010). Automóveis no estado: 4.414.953 (2010). Jornais diários:
07 (2006). Prefeito: Márcio Lacerda (PSB). Nº de vereadores: 41 (2012). Data de fundação:
12/12/1897.
Distância de Brasília: 747 km. Site da prefeitura:
www.pbh.gov.br.
Fatos históricos:
As Minas Gerais surgem no final do século XVII, com as primeiras descobertas de
jazidas pelos bandeirantes paulistas. Em pouco tempo, a região atrai colonos portugueses
que, com seus escravos africanos, buscam lavras de ouro e diamante. À medida que cresce a
produção, aumenta a fiscalização por parte da Coroa. Despontam conflitos pelo direito
de exploração das minas, como a Guerra dos Emboabas, que opõe mineradores paulistas e
comerciantes portugueses e brasileiros, e a Revolta de Vila Rica, em reação à política
fiscal de Portugal. Em meados do século XVIII, a mineração está no auge da capacidade
produtiva e a sociedade mineira vive o esplendor do barroco. Logo começa o declínio,
provocado pelo esgotamento dos veios e pela pesada tributação. Em 1789, a capitania deve
à Coroa perto de 400 arrobas de ouro, ou aproximadamente 6 t, em quintos atrasados. Esse
excesso de imposto alimenta movimentos favoráveis à independência, como a
Inconfidência Mineira, na qual se destaca a figura de Joaquim José da Silva Xavier, o
Tiradentes.
Após a independência,
Minas começa a recuperar-se graças à expansão cafeeira, sobretudo no sudoeste e em
áreas vizinhas ao Vale do Paraíba. A província participa ativamente da vida política
do império. Junto com Rio de Janeiro e São Paulo, forma o núcleo do poder e a base de
apoio do governo central contra as revoltas provinciais durante a Regência. Na
república, a força e o prestígio político da oligarquia mineira estão presentes na
"política do café com leite" com os paulistas, com os quais se reveza na Presidência. E,
quando essa aliança é rompida por São Paulo, pressionado pela crise do café, Minas
reage aderindo à Revolução de 1930, que põe fim à República Velha.
Participação política - Sempre dividido
entre dois partidos tradicionais - Liberal e Conservador, no império, e Partido Social
Democrático (PSD) e União Democrática Nacional (UDN), na república -, o estado
continua a intervir na vida política do Brasil. Há o Manifesto dos Mineiros de 1943
contra o Estado Novo, a eleição de Juscelino Kubitschek para a Presidência da
República em 1955 e o apoio ao golpe de 1964. Até a década de 60, porém, Minas Gerais
permanece num plano secundário em relação ao desenvolvimento industrial do país,
mantendo-se como grande fornecedor de insumos - como minérios, energia elétrica,
produtos siderúrgicos, químicos e agropecuários - a outros centros.
A partir dos anos 70,
com os incentivos fiscais dos governos federal e estadual, Minas amplia e diversifica sua
base industrial, sobretudo nos setores têxtil, químico, mecânico-metalúrgico e
agroindustrial. É criado também um polo automobilístico na Região Metropolitana de
Belo Horizonte. Essa crescente industrialização reduz o setor primário, provocando
êxodo rural e grande aumento da população urbana.
Com quase todo o território localizado em planaltos, Minas Gerais tem uma paisagem
marcada por montanhas, vales e grutas. Sua principal atração turística é o patrimônio
de arquitetura e arte colonial conservado em cidades históricas como Ouro Preto, Mariana,
Tiradentes, Sabará, São João del Rey e Diamantina, que prosperaram em virtude da
extração de ouro no século XVIII. Em 1999, Diamantina é tombada pela Unesco como
patrimônio histórico da humanidade e torna-se a segunda cidade mineira a integrar a
relação da instituição. A primeira, Ouro Preto, foi tombada em 1980. No sul, os pontos
turísticos são as estâncias hidrominerais, como Caxambu, Cambuquira, Lambari, São
Lourenço e Poços de Caldas .
Maior estado do Sudeste
e principal produtor de café e leite do país, Minas torna-se nos últimos anos o segundo
estado brasileiro mais industrializado, atrás apenas de São Paulo, ultrapassando o Rio
de Janeiro, conforme estudo de 1999 do Ipea. Entre 1990 e 1998, cerca de 500 novas
indústrias instalam-se em território mineiro, atraídas por incentivos fiscais, ampla
rede de energia elétrica e facilidade de escoamento dos produtos para diversos pontos do
país. O desenvolvimento industrial provoca um aumento de 5% ao ano nas exportações de Minas
na última década. Trata-se do segundo melhor desempenho do país,
atrás de São Paulo. Os produtos mais vendidos pelo estado são minério de ferro, aço,
café, pedras preciosas, veículos e autopeças.
Setor automotivo -
A presença de diversas
montadoras de automóveis em Minas Gerais faz com que um grande número de empresas de
autopeças se instale no estado. Boa parte se concentra em Betim, onde a Fiat está desde
1973. Outro polo se desenvolve em Juiz de Fora, cidade em que, em 1999, a Mercedes-Benz
possui uma fábrica. Porém, no final da década de 90, as taxas de crescimento começam
a declinar. As montadoras estão entre as mais atingidas, o que se reflete na queda da
arrecadação de ICMS para o governo, que reduz investimentos.
O setor moveleiro,
concentrado no Triângulo Mineiro, cresce nos últimos anos. Gera 30 mil empregos diretos
e coloca Minas Gerais em quarto lugar na fabricação de móveis no Brasil. Outro ramo
significativo é o siderúrgico, com destaque para a Usiminas, em Ipatinga. Privatizada em
1997, ela se beneficia do fato de Minas Gerais responder por 75% da produção brasileira
de minério de ferro. Outros minerais explorados em território mineiro são ouro,
cimento, aço, ferro-liga, zinco, fosfato.
Café e leite -
Minas mantém a liderança
nacional na agropecuária, que ocupa quase 70% da área estadual e concentra-se sobretudo
no sul, no sudeste e no Triângulo Mineiro. O estado produz metade da safra brasileira de
café, é o segundo maior produtor de feijão do Brasil, atrás do Paraná, e o terceiro
de milho. A cultura de algodão, favorecida pelo aumento da cotação do produto, está
substituindo o plantio de arroz. Produtor da maior safra nacional de frutas, Minas
destaca-se no cultivo de abacaxi: 27,75% do total do país é obtido no estado.
Dono do rebanho bovino
mais numeroso do Brasil depois de Mato Grosso do Sul, Minas é líder na produção de
leite, com 6 bilhões de litros por ano, 27,5% do total brasileiro, e o quarto colocado na
de carne, com 606 mil t. O estado responde por 10% da produção nacional de ovos e de
carne de frango.
Desequilíbrio norte-sul - Minas Gerais ainda
não conseguiu resolver o desequilíbrio social e econômico entre suas regiões. Enquanto
o sul concentra as indústrias e grande parte da atividade agrícola, o norte, castigado
pela seca, é uma da área bastante pobre em sua maioria. Para atender os 3 milhões de
habitantes dos mais de 200 municípios ali localizados, o governo cria o Programa de Apoio
ao Desenvolvimento de Pequenas Comunidades do Norte e Nordeste de Minas. Iniciado em 1999,
o programa está identificando as carências sociais da população local com o objetivo
de implantar agroindústrias associadas à produção comunitária.
Minas Gerais hoje - O segundo mais industrializado estado da federação possui alguns destaques: siderurgia, veículos e autopeças, minério de ferro, gado, móveis, energia, eletrônica e telecomunicações. Santa Rita do Sapucaí, no sul de Minas, é conhecida como "Vale do Silício" brasileiro por criar produtos de alta tecnologia e avanço na TV digital (padrão brasileiro). Uberlândia possui, hoje, as maiores empresas atacadistas do país e está localizada no eixo Brasília-Belo Horizonte-São Paulo, com rápido escoamento tanto de fornecedores quanto para distribuição. Em 2006 Minas Gerais exportou 11,33% do total exportado pelo país (após São Paulo e à frente do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Paraná, respectivamente).
Minas Gerais possui hoje 25 instituições públicas de ensino superior com destaque para a UFMG, UFLA e Universidade Federal de Viçosa. Também é o estado com o maior número de municípios (843), a maior malha rodoviária (269.545 km, sendo 11.396 km de rodovias federais e 21.472 km de rodovias estaduais). Possui também a importante "Estrada de Ferro Vitória-Minas", por onde escoa suas riquezas minerais, operada pela Vale, e 146 aeroportos, com destaque para o Aeroporto Internacional de Confins, na área metropolitana de Belo Horizonte, onde a empresa aérea GOL elegeu como local para a manutenção de suas aeronaves construindo ali um grande hangar.
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