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- POLÍTICA NACIONAL -
- Eleições 2002 -

Luiz Inácio "Lula" da Silva
1ª viagem ao exterior

3 de Dezembro de 2002 - Destaques do discurso do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, em Buenos Aires:

"Decidi, há tempos, que a primeira viagem ao exterior - ainda na condição de presidente eleito - seria à Argentina. Quis dar uma significação muito precisa a esse gesto." "A nossa presença aqui quer expressar, antes de tudo, a irrestrita solidariedade a este extraordinário país, vizinho e irmão. A nação Argentina - assim como o Brasil - enfrenta dificuldades, mas, ao mesmo tempo, tem revelado coragem e determinação para superá-las." "Nos últimos anos, opções econômicas e políticas equivocadas, que não estavam de acordo com o interesse nacional, nos conduziram a sucessivas crises."

"O capital estrangeiro produtivo é bem-vindo. Mas, para tentar superar as crises econômicas, acabamos por ficar dependentes dos fluxos financeiros internacionais e com isso diminuiu a capacidade de tomarmos decisões soberanas. Ficamos à mercê de especuladores que, muitas vezes, nem sabem direito onde os nossos países estão situados. A mensagem que recebi de meu povo no dia 27 de outubro é que esse período negativo tem que ficar para trás. Devemos retomar o controle de nosso destino. Devemos, nós mesmos, construir o nosso futuro."

"Durante meio século, entre 1930 e 1980, o Brasil cresceu de modo acelerado, embora não tenha conseguido, simultaneamente, distribuir a renda. Nas últimas duas décadas, contudo, o país estagnou." "Recebi do povo brasileiro também a incumbência de conduzir essa nova fase de desenvolvimento em estreita associação com os demais irmãos da América do Sul e, em especial, os do Mercosul, hoje paralisado."

"Já disse em outra ocasião, aqui nesta mesma Buenos Aires querida, que a crise do Mercosul nada mais era do que a crise de cada um de seus membros. Ela reflete a dificuldade de encontrar saídas nacionais que possam viabilizar uma grande alternativa regional."   "Para nós, o Mercosul deve transformar-se não só em uma efetiva união aduaneira, mas em um espaço de convergência de políticas industriais e agrícolas ativas. Buscamos uma verdadeira integração, a exemplo do que ocorreu com a União Européia, respeitadas nossas particularidades."  "Temos que construir uma infra-estrutura comum e discutir políticas sociais unificadas."

"(...) Convém avançar ainda mais na direção de uma cidadania do Mercosul, o que implica alcançar a livre circulação das pessoas entre nossos países."  "Estou convencido: na agenda do Mercosul devem figurar temas políticos. Necessitamos de instituições comuns mais conscientes. É necessário dar maior solidez e eficácia à nossa secretaria administrativa."

"Temos também que avançar nos mecanismos de solução de controvérsias. É fundamental que os acordos a que chegamos e que venhamos a estabelecer possam ser incorporados a nossas legislações e instituições nacionais. Alimento o sonho de que o Mercosul possa ter seu próprio parlamento, eleito pelo voto popular, o que comprometerá mais a sociedade de cada país com o processo de integração."  "O Mercosul tem que se ampliar. Sabemos que a participação plena do Chile e da Bolívia esbarra em alguns problemas. É preciso ter cria-tividade para superar as diferenças, buscado soluções que compensem as dificuldades atuais. O próximo acordo a ser celebrado entre o Mercosul e a Comunidade Andina pode ser um passo importante para uma política de integração de âmbito sul-americano."  "Face às dificuldades que a atual ordem econômica e política mundial cria para os países em desenvolvimento, o Mercosul deverá aprofundar uma política externa comum."

"A política externa comum do Mercosul é igualmente essencial para as negociações da Área de Livre Comércio das Américas - a Alca -, bem como para o diálogo com os Estados Unidos e com a União Européia."  "A partir desse esforço poderemos chegar um dia à moeda comum que reforce as defesas contra as turbulências financeiras internacionais."
          

FONTE: Base de dados do Portal Brasil®.


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