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Religiões
- Coluna de 07.12.2002 -

“Disse DEUS: Haja luz; e houve luz.”      
                Gen. 1:3       

 Caro leitor,

            Após ler a Bíblia várias vezes, todos os 66 livros que a compõem, seus mais diversos escritores, desde Gênesis até Apocalipse, quatro mil anos separando Moisés e do apóstolo João, exilado na ilha de Patmos, recebendo a revelação do último livro, me impressiona a uniformidade sistêmica, a coesão das escrituras, algo que pretendo dissertar futuramente.

            At the moment, se considerarmos como verdadeira a existência de DEUS e, da veracidade das escrituras, me intriga a falta de pretensão do CRIADOR em provar cientificamente os fatos ali descritos.

            A exemplo, enquanto a ciência tenta esquadrinhar a criação do mundo, Moisés, no livro de Gênesis em trinta e um enxutos versículos, descreve todo o evento. Só a título de comparação, o livro de Ezequiel dispensa noventa e cinco versículos para descrever a visão que autor teve do templo, afora inúmeras outras descrições.

            Entretanto, a aparente despretensão descritiva da criação – para não dizer pueril – vem coincidindo com descobertas científicas, o que, via de regra, gera sobressaltos no meio acadêmico.

            Amigo leitor, conquanto esteja registrado que DEUS disse “Haja luz” no primeiro dia da criação, somente no quarto dia teria sido criado o sol, a lua e as estrelas, afrontando a lógica. Como poderia haver luz sem as estrelas?

            Contudo, curiosamente, o Satélite HOBBLE, perscrutando a origem do universo, descobriu a existência de uma luz multidirecional e uniforme, dentro do tecido cósmico, a qual antecede a luz emitida pelas estrelas.

            O profeta Isaías relatando o relacionamento entre DEUS e as estrelas, descreve de forma peculiar a glória do Deus Altíssimo. Is. 40:26, litteris:

“Levantai ao alto os olhos e vede. Quem criou estas cousas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar.”

            Enfim, por mais céticos que sejamos, trata-se, no mínimo, de uma maravilhosa coincidência dentro desse maravilhoso livro.  

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