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- Suzane Carvalho -
2000/2001
-
Talento
feminino nas pistas
-
Nascida numa família de artistas, com um ano e meio já trabalhava. Fez comerciais
(250), teatro, cinema e telenovelas. Participou de todos os tipos de produções musicais,
comédias, dramas e foi produtora de teatro. No automobilismo, uma carreira de lutas, mas
também de muito sucesso, com diversos títulos. Um exemplo de força e coragem. Confira
essa entrevista exclusiva que Suzane Carvalho concedeu para o editor do Portal Brasíl®
no site
"www.mulherbrasileira.com.br"
, aqui disponibilizada com exclusividade:
Nascida numa família de artistas, com um ano e meio já trabalhava. Fez comerciais
(250), teatro, cinema e telenovelas. Participou de todos os tipos de produções musicais,
comédias, dramas e foi produtora de teatro. No automobilismo, uma carreira de lutas, mas
também de muito sucesso, com diversos títulos. Um exemplo de força e coragem. Confira
essa entrevista exclusiva que Suzane Carvalho concedeu para o editor do Portal Brasíl®
no site
"www.mulherbrasileira.com.br"
, aqui disponibilizada com exclusividade:
PBr: Por que você, como atriz, optou por um mundo tão
diferente do que atuava? Valeu a pena?
Eu não pensei. Sempre tive vontade de pilotar. Alimentei esse sonho achando que era
uma coisa impossível de ser realizada. Quando vi a oportunidade de pilotar, não parei
mais. E é claro que vale a pena! Afinal, faço o que gosto e sou feliz com isso.
Financeiramente não consegui ganhar 1 centavo, mas chego lá...
PBr: Quais são as maiores dificuldades que uma mulher tem num "mundo"
onde as mulheres são exceção?
A minha maior dificuldade é a mesma se fosse um piloto
homem: conseguir patrocínio. Afora isso, o que existe de preconceito não me atinge, pois
estou fazendo o que quero, onde quero. Quer dizer... já me atingiram nas pistas várias
vezes por ser mulher. Mas os maus pilotos, ou os pilotos sem caráter sempre vão achar
alguma razão para jogar alguém fora da pista, independentemente do sexo.
PBr: Você acredita no ditado machista de que os homens são melhores do que as
mulheres ao volante? Comente essa situação nas pistas e no trânsito brasileiro.
Claro que não! Dirigir depende de sensibilidade, sensatez, respeito, paciência. Nas
pistas, tudo isso e mais reflexo. Nada disso está ligado ao sexo.
PBr: Você acredita no ditado machista de que os homens são melhores do que as
mulheres ao volante? Comente essa situação nas pistas e no trânsito brasileiro.
Claro que não! Dirigir depende de sensibilidade, sensatez, respeito, paciência. Nas
pistas, tudo isso e mais reflexo. Nada disso está ligado ao sexo.
PBr: Na hora de se negociar um patrocinador, fica mais fácil por ser do sexo feminino?
Eu já tive vantagens e desvantagens por ser mulher. Muitos empresários não me
levaram a sério. Muitos me cantaram e muitos me patrocinaram por eu ser mulher. Mas posso
garantir que não é mais fácil conseguir patrocínio por ser mulher.
PBr: Como os homens desse esporte encaram uma mulher entre eles e pior,
vencendo-os?
Depende muito da maturidade do piloto. Graças a Deus já no meu primeiro ano no
automobilismo consegui um respeito muito grande por parte de pilotos e mecânicos. Logo
eles viram que eu não estava ali para brincar, pois era a primeira a chegar, fazia toda a
montagem inicial do kart, até a lavagem final, sendo a última a ir embora. E fazendo
pole, ganhando corrida e disputando de igual para igual. Alguns pilotos são ultrapassados
por mim na pista e vem me dar os parabéns depois da corrida. Outros, me colocam para
fora. Outros, quando vêem que vão largar atrás de mim, simplesmente guardam o capacete
e vão embora...
PBr:
Quais as
perspectivas para o sexo feminino nesse meio tão machista, para os próximos anos? Qual a
sua opinião de se criar categorias específicas para o sexo feminino? Você acha isso
discriminação?
No começo eu achava discriminação ter categorias específicas para mulheres. Depois
mudei minha opinião. Já vi muitas mulheres e meninas gostarem de correr, e não irem
porque só tem homem. Criando uma categoria feminina, não só abre as portas para estas
que já queriam, como para outras que querem correr como hobby e, a partir daí, podem
surgir pilotos com potencial. Se você vai em um final de semana em Interlagos, por
exemplo, tem mais de 100 pilotos correndo, e apenas 4 ou 5 com algum talento. Então, para
descobrir onde estão estas 4 ou 5 mulheres, as categorias femininas podem ajudar.
PBr: Você teve dificuldade para aprender mecânica, acerto de carros? O pessoal
que trabalhou com você encondia o jogo, porque você era mulher? Sentiu alguma
diferença?
Muito antes de começar a correr, eu já estudava mecânica, desmontava meus carros e
motos. Sempre gostei de mecânica. Quando começei a correr de kart, montei minha própria
equipe e fiz questão de aprender tudo. Até hoje, sou eu quem preparo meu kart. Quanto a
equipe esconder o jogo, isso ocorre em toda equipe, com todos os pilotos. Se for uma
equipe grande, com engenheiros competentes, pior. Ninguém passa nada para ninguém. Eu
prefiro correr em uma equipe pequena, como estou agora, e poder discutir com o engenheiro
o que eu quero mexer, e o que foi feito. Se tivéssemos dinheiro para testar, com certeza
já teríamos tido resultados melhores.
PBr: Você acha que o desgaste físico é muito grande para que outras mulheres que
gostem desse esporte seja uma dificuldade a mais? E como se faz quando as mulheres estão
"naqueles dias"? Atrapalha?
Já foi comprovado que a resistência física da mulher é maior do que a do homem.
Mas a competição automobilística não é um esporte de resistência e muito menos de
força física. É preciso sim, uma determinada resistência e força física, que
qualquer pessoa com saúde normal tem. E se for carro de "turismo" então, exige
menos ainda. Quanto a menstruação, nunca haviam me perguntado isso. Como faz? Exatamente
como se faz quando não tem corrida. Não muda nada.
PBr: Você acredita que a sensibilidade feminina ajude a "sentir" melhor as
reações de um carro de competições?
Olha, eu nunca havia pensado sob esse ponto de vista. Me
acho mais sensível que a grande maioria dos pilotos. Mas sempre pensei como uma coisa
pessoal. Nunca creditei ao fato de ser mulher.
PRb:
Quais são os seus planos para o futuro próximo no automobilismo?
Conseguir o restante do patrocínio que me falta para terminar esta temporada. Tenho
condições de lutar pela vitória, mas ainda não tenho verba para todo o campeonato.
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