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D E F E S A D O C
O N S U M I D O R
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/ F E V E R E I R O / 2 0 1 0
A PORTABILIDADE DA TELEFONIA NO BRASIL
Por
Fernando Toscano
(*)
Os moradores do Distrito Federal foram os que
mais aproveitaram a portabilidade numérica para
trocar de empresa de telefonia fixa. Em relação às
operadoras de celular, o DF aparece em quinto lugar
em um ranking montado pelo Correio, que leva em
conta o total de linhas existentes em cada unidade
da Federação. Na última terça-feira
09, a medida que permite aos brasilienses
mudar de prestadora sem perder o número original
completou um ano. A
portabilidade começou a ser implantada no país em
setembro de 2008. O processo terminou em março do
ano passado e hoje pode ser realizado nos 5.563
municípios brasileiros, que abrangem 67 DDDs.
O número de pedidos efetivados no DF está
acima da média nacional. Até o
dia 10.02.2009, 68.592 pessoas tinham
conseguido trocar de empresa e manter o mesmo número
fixo. No caso da telefonia móvel, os pedidos
atendidos ultrapassam os 78 mil. Os recordes de
solicitações, de acordo com a ABR Telecom, ocorreram
em novembro do ano passado para o serviço fixo, com
23.461 registros, e em março do mesmo ano para o
móvel, com 9.914 registros.
Entidades de defesa do consumidor são
unânimes ao defenderem que a portabilidade garante o
direito de livre escolha e representa um ganho para
as relações de consumo. No entanto, a parte
operacional do processo ainda precisa avançar muito,
na avaliação do presidente do Instituto Brasileiro
de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec),
José Geraldo Tardin. “O que se vê é que o
consumidor continua nas mãos das empresas. E nem uma
delas presta um serviço adequado”, diz.
A Anatel registrou, em 2009, 15.875
reclamações sobre portabilidade no serviço móvel e
18.793 sobre dificuldade de migrar a linha fixa em
todo o país. No DF, somaram-se 1.419 queixas, o
equivalente a 8,9% do total. O órgão regulador
informou que já foram instalados os chamados
Procedimentos para Apuração de Descumprimento de
Obrigações (PADOs), mas acrescentou que, por
enquanto, não há informações de empresas multadas.
COBRANÇA DE EXPLICAÇÕES
Na semana
passada, o Departamento de Proteção e Defesa do
Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça,
notificou as operadoras GVT, Net, Tim e Oi. O órgão
deu um prazo de 10 dias para que as elas prestem
esclarecimentos sobre dois casos
ocorridos em Brasília-DF. O analista de
sistemas Rodrigo Schuabb de Oliveira, 34 anos, pediu
a portabilidade da linha móvel da Oi para a Tim em
outubro do ano passado. Após a conclusão do
processo, descobriu que não conseguia receber
chamadas originadas da Oi. Outro caso em questão é o
do casal Marcos Antônio Benedeti, 33, e Cecília de
Araújo Rodrigues Benedeti, 26. Eles pediram a
portabilidade da linha fixa da GVT para a Net e
acabaram ficando dois meses com o telefone mudo,
além de serem obrigados a pagar faturas das duas
empresas. As quatro operadoras informaram que ainda
não tomaram conhecimento da notificação.
Como mudar de empresa
O que fazer para manter a mesma linha em outra
companhia telefônica:
1. Entre em contato com a
prestadora para a qual deseja migrar. Informe dados
pessoais (nome, endereço, CPF, RG), o número do
telefone fixo ou móvel e o nome da prestadora atual.
2. Só é possível migrar
linhas com a mesma titularidade.
3. O usuário receberá um
número de protocolo do pedido, e os dados informados
serão validados com a prestadora atual em até um dia
útil após a solicitação.
4. A prestadora poderá ou
não isentá-lo do pagamento da taxa de portabilidade.
A Anatel fixou em R$ 4 o valor máximo que poderá ser
cobrado pelo serviço.
5. Durante a migração, o
serviço poderá ficar indisponível por até duas
horas.
6. Após o pedido, a
portabilidade deve ser concluída em até cinco dias
úteis.
FONTE DOS DADOS: Diego Amorim, Correio Braziliense, 11.02.2010.
(*) Fernando Toscano é o Editor-Chefe do Portal Brasil - Seu perfil ==> CLIQUE AQUI.
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