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- E C O N O M I A -
Opinião - Janeiro de 2003

2ª quinzena - A geração de empregos: razões e desafios
1ª quinzena -
A natureza e a destinação dos produtos

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 2ª quinzena - "A geração de empregos: razões e desafios"

            Ao lado dos motivos para expansão da competitividade das empresas neste final de século, existem também fortes razões para a expansão das oportunidades de emprego para o fator trabalho. Destacam-se pelo menos quatro:

Contingente economicamente mobilizável - Em 2000, a população mundial da faixa etária de 15 a 64 anos totalizava 3.816 milhões de habitantes, 62,5% do contingente total. Para o sistema mundial como um todo, o crescimento estimado desse contingente mobilizável foi de 1,7% ao ano para o período de 1990 a 2000. Capitalizada, esta taxa conduz a um crescimento de 18,36% em dez anos. Mantendo-se esta taxa, em uma década, 701 milhões de pessoas a mais estarão aptas a procurar por oportunidades de trabalho. Destes, 115 milhões nos países de alta renda; os restantes 586 milhões nos de média e baixa renda. Em média anual, somando-se os dois conjuntos de países, exige-se por um ano um adicional de 58 milhões de novos empregos.

Presença da mulher na força de trabalho - Cinqüenta anos atrás, no segundo pós-guerra, em relação ao total da força de trabalho, as mulheres representavam menos de 10% em média mundial; em 1990, ultrapassaram a taxa de 30%. No início do segundo milênio, 40% da força de trabalho é constituído por mulheres, chegando próximo a 50% em algumas nações. A mudança social que estes dados revelam deve se consolidar. A presença da mulher no mercado de trabalho tende a se manter, com tendência de alta. E, para atender a essa demanda crescente por ocupações, exige-se expansão das oportunidades de emprego, nos setores formais da economia, a taxas superiores às das décadas precedentes.

Remoção do desemprego involuntário - Considerando como economicamente mobilizável a população de 15 a 64 anos e comparando o contingente total nessa faixa etária com a força de trabalho efetivamente empregada, o desemprego total estimado para a economia mundial como um todo é de 854 milhões de pessoas. É difícil estimar quanto deste contingente de não-empregados corresponde a desemprego involuntário. Mas, ainda que seja apenas a metade, há um hiato que deve situar-se entre 400 e 500 milhões entre os postos de trabalho ocupados e os que seriam exigidos para absorver todos os que desejam efetivamente integrar os contingentes economicamente ativos dos países. Entre os países de média e de baixa renda, o hiato é proporcionalmente maior nas porções centrais da Europa e da Ásia, na América Latina e no Caribe, no Oriente Médio e na porção norte da África. Mas nos países de alta renda a distância entre os dois contingentes também é alta. Nestes países, não obstante a idade média de acesso ao mercado de trabalho ser bem superior à que se observa nos países de baixa renda, o hiato entre os dois contingentes é bastante expressivo.

Universalização do bem-estar - A criação de novas oportunidades de emprego, derivada direta de mais investimentos e de expansão econômica, tem tudo a ver com um outro desafio econômico do mundo que já descrevemos: a universalização das condições materiais do bem-estar. O emprego do fator trabalho é fundamental para esse desafio. Se a expansão se der pelo aumento da produtividade de outros fatores, as condições materiais do bem-estar propagam-se menos; no limite, podem até concentrar-se mais.


1ª quinzena - "A natureza e a destinação dos produtos"

1) A natureza dos produtos:

            Bens é a denominação usual de produtos tangíveis, resultantes de atividades primárias e secundárias de produção. É a denominação genérica dos produtos que provêm das atividades agropecuárias e das diferentes categorias de atividades industriais, de transformação e de construção.

            Serviços é a natureza usual de produtos intangíveis, resultantes de atividades terciárias de produção.

2) A destinação dos produtos:

            Os bens e serviços de consumo, duráveis ou de uso imediato, destinam-se à satisfação das necessidades do contingente demográfico. Eles satisfazem a necessidades não apenas biofisiológicas, mas também a diversificados e crescentes complexos de requisições, que mobilizam praticamente todo o aparelho produtor da economia.

            Os bens e serviços intermediários são constituídos por insumos destinados a reprocessamento. Esses bens reingressam no aparelho de produção da economia, para que sejam transformados em bens capazes de atender a necessidades finais. As sementes, as fibras naturais ou sintéticas, os minérios e uma multiplicidade de outros bens da mesma natureza são identificados como intermediários. No campo dos serviços, há também os que apenas se destinam a atender às exigências operacionais das empresas e não às necessidades finais da sociedade. A todos os bens e serviços desta categoria, ao retornarem às unidades de produção, são adicionados novos esforços ativos que não apenas modificarão suas características, como também seu valor econômico. Em certos casos, para se chegar ao produto final, vários bens e serviços intermediários passam por sucessivas fases de transformação. Em cada uma delas mobilizam-se novos recursos e combinam-se novos fatores, elevando-se em conseqüência a soma dos valores adicionados.

            Os bens e serviços de produção são constituídos por uma categoria diferenciada de produtos finais. Embora não destinados ao consumo, consideram-se como terminais em relação aos fluxos de produção de que se originaram. Destinam-se a esse fim os equipamentos infra-estruturais, econômicos e sociais; as construções e edificações; as máquinas, os equipamentos, os instrumentos e as ferramentas. Trata-se, enfim, do diversificado conjunto de produtos de que se constitui o estoque de capital da economia. Por isso mesmo, os bens e serviços destinados a suprir as necessidades de acumulação do aparelho de produção são também denominados bens de capital.

Todas as matérias assinadas por nossos colunistas e colaboradores, refletem a opinião pessoal de cada um deles, sendo desta forma, de suas exclusivas responsabilidades.


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