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- Março de 2003 -

2ª quinzena - A economia brasileira de Réis a Reais

            Quando os portugueses aqui chegaram, no reino de D. Manuel I, o Venturoso, a moeda era o valioso pau-brasil, cortado e carregado pelo índios, em troca de espelhos, miçangas, facas e outros utensílios domésticos.

            No início da colonização, chegaram as moedas portuguesas e, depois, as espanholas. Com as invasões dos franceses e holandeses, vieram outras moedas européias. Apesar da multiplicidade de moedas, elas eram insuficientes para atender às necessidades da Colônia. Boa parte das negociações até o século XIX ainda era feita por meio de trocas por produtos como açúcar, algodão, couro, cacau, fumo e aguardente.

            A primeira Casa da Moeda do Brasil foi inaugurada em 1694, em Salvador, para cunhar os réis portugueses, em cobre e depois em ouro, já no reinado de D. João V (1706 - 1750), em pleno ciclo do ouro brasileiro. Veio a independência, mas só no Segundo Império surgiu o primeiro sistema monetário próprio. O real (réis, no plural), depois conhecido como mil-réis, foi a moeda oficial até 1942.

Período colonial até 07/10/1833:
REAL (R) => o plural de REAL era RÉIS. (R 1$2000 = 1/8 de ouro de 22K)

08/10/1833 a 31/10/1942:
MIL RÉIS (Rs) => vigorou a partir do Segundo Império.
Um conto de réis = 1.000.000 réis. (R 2$5000 = 1/8 de ouro de 22K)

01/11/42 a 12/02/67:
CRUZEIRO (Cr$) => em 1942, com a inflação durante a 2ª Guerra, o Real vira Cruzeiro e 3 zeros são cortados. (1.000 réis = 1 cruzeiro)

13/02/67 a 14/05/70:
CRUZEIRO NOVO (NCr$) => com a inflação, o poder de compra do Cruzeiro é corroído, mais 3 zeros são cortados. (1.000 cruzeiros = 1 cruzeiro novo)

15/05/70 a 27/02/86:
CRUZEIRO (Cr$) => em 1970 o Cruzeiro Novo volta a ser chamado de Cruzeiro.
(1 cruzeiro novo = 1 cruzeiro)

28/02/86 a 15/01/89:
CRUZADO (Cz$) => em 28/02/86 o Plano Cruzado corta 3 zeros da moeda, que passa a se chamar Cruzado. (1.000 cruzeiros = 1 cruzado)

16/01/89 a 15/03/90:
CRUZADO NOVO (NCz$) => em janeiro/89, o Plano Verão congelou os preços, cria o Cruzado Novo e corta 3 zeros. (1.000 cruzados = 1 cruzado novo)

16/03/90 a 31/07/93:
CRUZEIRO (Cr$) => em março/90, o presidente Collor bloqueia as aplicações financeiras e a moeda volta a ser o Cruzeiro. (1 cruzado novo = 1 cruzeiro)

01/08/93 a 30/06/94:
CRUZEIRO REAL (CR$) => em agosto de 1993, a moeda fica sem 3 zeros novamente e vira Cruzeiro Real. Nos 11 meses de sua existência, o cruzeiro real acumulou uma inflação de 3700% (1.000 cruzeiros = 1 cruzeiro real)

a partir de 01/07/94:
REAL (R$) => em julho de 1994, o presidente Itamar Franco cria o Real, cujo plural é Reais. Antes que entrasse em circulação, passou a vigorar uma unidade de conta, não de troca, chamada URV (Unidade Real de Valor) com variação diária. A economia era estimulada a usá-la como referência. Quando a URV chegou a 2750 cruzeiros reais, a nova moeda, real, entrou em vigor.
(2.750 cruzeiros reais = 1 real)

   Por: Ronald Domingues, economista         
http://www.ronalddomingues.com/brazil.php     


1ª quinzena - "A justiça distributiva e o ordenamento institucional"

            A justiça distributiva é a terceira questão-chave da economia. O preenchimento das condições das duas outras questões (eficiência produtiva e eficácia alocativa) não constitui condição suficiente para uma justa distribuição do produto social. A eficiência produtiva limita-se ao pleno emprego dos recursos. A eficácia alocativa diz respeito à otimização do processo de escolha sobre o que produzir. Já a justiça distributiva tem a ver com a estrutura de repartição da renda agregada.

            A justiça distributiva diz respeito a uma das mais controversas áreas da reflexão econômica. Seu ponto crucial é definir qual estrutura de repartição da renda e da riqueza que melhor reflete as capacidades e os esforços individuais. Uma sociedade sem classes socioeconômicas diferenciadas é justa? E, ainda que justa, não traria dificuldades para se alcançar, por exemplo, a eficiência produtiva? E, ainda que pudesse ser eficiente, não seria conflitante com as diferentes aspirações individuais quanto aos produtos resultantes da alocação de recursos?

            A plena igualdade é, por uns, vista como objetivo distributivo inquestionável; por outros, como cristalização de injustiças, dado que esforços diferenciados não seriam diferenciadamente premiados. Embora os ideais da perfeita igualdade ou da construção de uma sociedade sem classes encontrem atraentes apelos éticos, sua consecução poderia implicar, segundo a abordagem liberal ortodoxa, desestímulo ao esforço individual e acarretar o rebaixamento dos níveis efetivos de produção; a longo prazo, poderia mesmo convergir para generalizado estado de empobrecimento.

            As controvérsias em torno desta questão-chave decorrem de uma muiltiplicidade de fatores. Alguns resultam das dificuldades para se definir formalmente se dada estrutura de repartição de renda agregada revela-se equânime com dada avaliação de capacitações, esforços e contribuições. Já outros fatores têm a ver com diferentes posições político-ideológicas, muitas das quais formatadas a partir de inconformismos com as estruturas de repartição concretamente resultantes da operação dos sistemas econômicos. 

            Pela natureza desses fatores, a desradicalização no equacionamento desta questão-chave tem sido uma tendência que tem prevalecido. Segundo essa tendência, a justiça distributiva implica a satisfação das duas seguintes condições:

            A quarta questão-chave diz respeito às formas como a sociedade se organiza para buscar eficiência econômica, alocar recursos com eficácia e repartir o resultado do esforço social de produção. Trata-se também de questão controversa, dado que não há uma única possibilidade de ordenamento institucional, mas, teoricamente, pelo menos três:

            Cada uma destas três formas de ordenamento institucional diferencia-se entre si, segundo cinco critérios, propostos por Lindbeck:

Observação: - As colunas de economia de fevereiro/03 e da 1ª quinzena de março/03, foram baseadas nas definições defendidas pelo Professor José Paschoal Rossetti (Fundação Dom Cabral - instituição associada à PUC-MG) em seu livro "Introdução à Economia, 19ª edição, Editora Atlas S.A., 2002".

        Um abraço,

Fernando Toscano        
 Editor-chefe            
 


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