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- Junho de 2003 -

2ª quinzena - COPOM, mas.... o que é o COPOM e como funciona isso?

1) O que é o Copom?
        O Copom é o Comitê de Política Monetária do Banco Central. A função desse grupo é definir as diretrizes da política monetária e a taxa básica de juros do País. As reuniões do grupo são mensais, dividindo-se em dois dias, sendo a primeira sessão às terças-feiras e a segunda às quartas-feiras. O Copom é composto pelos oito membros da Diretoria Colegiada do Banco Central e é presidido pelo presidente da autoridade monetária. Também integram o grupo de discussões os chefes de departamentos, consultores, o secretário-executivo da diretoria, o coordenador do grupo de comunicação institucional e o assessor de Imprensa.

2) O que é a taxa básica de juros?
        É a remuneração que o detentor do dinheiro cobra para conceder um empréstimo. O governo determina uma taxa básica que norteia a economia brasileira e os negócios com títulos públicos registrados no Banco Central.

3) Qual é a influência da taxa de juros sobre a inflação?
       
Podemos citar duas importantes influências:

a) A taxa de juros é usada como instrumento para controle dos preços. Quanto mais alta é a taxa, mais ela dificulta o crédito ao consumidor e ao setor produtivo. Com mais barreiras ao financiamento de compras, a demanda (procura) por produtos à venda diminui. Por exemplo, uma pessoa quer comprar uma televisão, mas não consegue financiá-la porque os juros estão muito altos. Então, ela deixa de comprar a TV e o produto começa a ficar encalhado no depósito da loja. Para vendê-la, a loja reduz o preço dela, fazendo a inflação cair.

b) A taxa alta também atrai investimento especulativo. Quem investir em títulos brasileiros ganha juros altos. Assim, entram dólares no mercado interno, aumentando a oferta da moeda norte-americana e mantendo a cotação dela controlada. Como os preços ao consumidor também sofrem influência do câmbio, a atração de investimentos usando juros altos também impede uma disparada da inflação.

4) Por que o governo tem insistido em manter os juros nas alturas?
       
O motivo principal é o controle da inflação. E o governo pode usar algumas justificativas para a manutenção da taxa:

a) a inflação inercial: apesar da recente queda dos preços, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse temer a inflação inercial, ou seja, o impacto da inflação alta registrada até pouco tempo atrás.

b) a meta de inflação: desde 1999, a política monetária brasileira é subordinada ao conceito de metas de inflação. Por meio dele, é determinado uma diretriz para o IPCA, índice do IBGE escolhido como referência. O problema é que a queda do IPCA está mais lenta que o esperado. No ano, o IPCA acumula alta de 17,24% e no ano 6,8% - o que significa nos próximos meses só poderia haver mais 1,6% de inflação para que a meta dos 8,5% não seja ultrapassada. A rigor, o BC não poderia aceitar inflação mensal superior a 0,2% de junho a dezembro.

c) o reajuste dos preços administrados: em junho tem reajuste de preços administrados (tarifas de telefones), que certamente vai pesar sobre a inflação e nada certifica se esse ajuste pode ser restrito as tarifas de telefônicas. A expectativa da conclusão da reunião do Copom deve restringir o volume de negócios no mercado de renda fixa, que segue projetando um corte de 0,5 ponto percentual para o juro básico, conforme o contrato de julho.

5) O que acontece com a queda dos juros?
       
Dá ânimo à economia. Seria um sinal importante para o setor produtivo e certamente melhorará o cenário que se antevê para 2004.

6) E o que muda na vida dos brasileiros quando os juros são reduzidos?
        Um corte nos juros não produz resultados imediatos na recuperação da economia real. É que pesam lucros dos bancos, impostos, inadimplência sobre os juros ao consumidor final. O custo da intermediação bancária no Brasil está entre os mais altos do mundo: conforme estatísticas do Banco Central, situa-se em 41%, enquanto a média internacional oscila em torno de 10%. E o maior componente está no lucro dos bancos, com cerca de 40% desse custo.

7) O que aconteceria se os juros fossem mantidos em 26,5%?
       
O custo do crédito continuaria tão alto quanto antes, o que prejudicaria mais ainda os trabalhadores, com o aumento do desemprego, e a indústria, com a queda da produção e das vendas.

8) O que é "viés" e o que acontece quando é aplicado?
        É um instrumento do Banco Central para reduzir ou elevar a taxa de juros sem precisar esperar até a próxima reunião mensal do Copom. Quando os juros são mantidos no mesmo patamar, mas é adotado um viés de baixa, por exemplo, o BC está dizendo que pode reduzir os juros a qualquer momento. Se o viés determinado é o de alta, é um sinal de que os juros podem subir antes da próxima reunião.

Por: Fernando Toscano      
Editor-chefe do Portal Brasil®


1ª quinzena - Análise de Liquidez de uma empresa

        A análise de liquidez ou da capacidade de solvência de uma empresa é realizada através do cálculo e interpretação dos índices de liquidez. Adicionalmente, deve-se complementar o estudo com o cálculo dos ciclos financeiro e operacional da companhia.

Índices de Liquidez

 

        Os índices de liquidez normalmente empregados são: Liquidez Geral, Liquidez Corrente, Liquidez Seca e Liquidez Imediata. Todos eles relacionam bens e direitos com obrigações da firma, por intermédio de uma simples operação de divisão. Embora não seja a melhor definição, costuma-se dizer que os índices de liquidez medem “o quanto a empresa tem para cada unidade monetária que ela deve”. Passaremos às particularidades de cada um dos quatro índices citados.

 

        O Índice de Liquidez Geral (ILG) é calculado a partir da divisão da soma dos ativos circulante (AC) e realizável a longo prazo (RLP) pela soma dos passivos circulante (PC) e exigível a longo prazo (ELP). Sua função é indicar a liquidez da empresa no curto e longo prazo, por isso o nome Liquidez Geral. Uma observação importante é que alguns valores registrados no RLP podem ser dificilmente “realizáveis” na prática, como, por exemplo, determinados depósitos judiciais, os quais deverão ser excluídos do cálculo do ILG.

 

 

 

        A simples divisão entre ativo circulante (AC) e passivo circulante (PC) produz o Índice de Liquidez Corrente (ILC), que reflete a capacidade de pagamento da empresa no curto prazo. O crescimento exagerado das contas a receber, principalmente quando ocasionado por aumento de inadimplência, ou ainda a avolumação dos estoques, devido a falhas em linhas de produção ou obsolescência, devem ser expurgados do cálculo desse índice.

 

 

        O Índice de Liquidez Seca (ILS) tem como objetivo apresentar a capacidade de pagamento da empresa no curto prazo sem levar em conta os estoques, que são considerados como elementos menos líquidos do ativo circulante. Após retirarmos os estoques do cálculo, a liquidez da empresa passa a não depender de elementos não-monetários, suprimindo a necessidade do esforço de “venda” para quitação das obrigações de curto prazo.


 

        Continuando o raciocínio do Índice de Liquidez Seca, o Índice de Liquidez Imediata (ILM) elimina também a necessidade do esforço de “cobrança” para honrar as obrigações. Com o desenvolvimento do mercado de crédito, esse índice passou a ter pouca relevância na maior parte das empresas. Nos dias atuais, não é aconselhável manter disponibilidades muito elevadas, deixando de investir na própria atividade.

 

 

        Os índices de liquidez são, a grosso modo, interpretados da forma “quanto maior, melhor”. O ponto chave para todos eles ocorre quando o resultado da divisão é igual a 1 (um), indicando que a empresa “possui” uma unidade monetária para cada outra devida. Esse ponto não pode ser considerado como o break even point, ou ponto de equilíbrio. Para defini-lo, devemos primeiramente observar outros fatores como os ciclos financeiro e operacional da empresa.

 

Ciclos Financeiro e Operacional

 

        Para determinação dos ciclos financeiro e operacional é necessário primeiramente calcular os prazos médios de recebimento, pagamento e estocagem. Vejamos:

 

 

        Em seguida, obtemos os ciclos da seguinte forma:

 

                      

        Ressaltamos que um ciclo financeiro negativo indica quitação do produto vendido ou serviço prestado antes do pagamento aos fornecedores. Quanto maior, ou mais longo, for o ciclo, maiores serão os índices de liquidez exigidos para que se possa considerar boa capacidade de solvência de uma empresa, ou seja, maior será o ponto de equilíbrio. Índices muito abaixo desse ponto indicam reduzida capacidade de solvência, ao passo que índices muito elevados podem estar refletindo excesso de conservadorismo da administração, o que implica em menor lucratividade.

 

        A definição do nível adequado de liquidez e conclusão sobre a capacidade de solvência de uma companhia depende ainda da observação de outros fatores como fluxo de caixa, estrutura de capital, resultados financeiros, perspectivas setoriais e conjuntura macroeconômica.           

Por: Ronald Domingues, economista            
http://www.ronalddomingues.com/brazil.php        


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